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O Ministério Público revelou esta quinta-feira que o cidadão alemão Christian Brueckner foi constituído arguido no caso do desaparecimento de Madeleine McCann.
“No âmbito do inquérito onde se investigam as circunstâncias que rodearam o desaparecimento, em 2007, de Madeleine McCann foi, esta quarta-feira, constituído um arguido”, pode ler-se no comunicado do MP.
Brueckner foi constituído arguido pelas autoridades alemãs “em execução de um pedido de cooperação judiciária internacional emitido pelo Ministério Público de Portugal”, diz o mesmo comunicado, indicando que o inquérito é dirigido pelo DIAP de Faro, juntamente com a Polícia Judiciária. A investigação decorre com a cooperação das autoridades inglesas e alemãs.
O cidadão alemão é, assim, constituído arguido a menos de duas semanas do caso prescrever, já que a 3 de maio se cumprem 15 anos do desaparecimento da criança e, a partir dessa data, Brücker não poderia ser constituído arguido. Esta decisão, porém, não está relacionada com questões temporais e cumpre todas as regras definidas pela lei: a Polícia Judiciária e o Ministério Público consideram existir indícios fortes da prática de crime.
Além de suspeito no caso Maddie, Christian Brücker estava também acusado da violação de uma alemã de 20 anos, em Portugal em 2004, três anos antes do desaparecimento da criança inglesa. O caso é semelhante a outro, de uma violação a uma mulher americana de 72 anos na Praia da Luz, no Algarve, pelo qual Christian Brücker foi condenado a sete anos de prisão na Alemanha.
Brückner está atualmente a cumprir uma outra pena de prisão por uma condenação por tráfico de drogas.
Maddie. Suspeito alemão julgado por violação de mulher no Algarve
Maddie McCann desapareceu do apartamento turístico que a sua família alugou na Praia da Luz, no Algarve, na noite de 3 de maio de 2007, quando tinha 3 anos, retirada do quarto onde dormia com mais dois irmãos.
O desaparecimento da menina fez correr muita tinta em Portugal e no mundo e entre os vários suspeitos apontados chegaram a constar os próprios pais.
Até hoje é desconhecido o que aconteceu à menina britânica, num caso que levou a um processo por parte dos pais contra o inspetor da Polícia Judiciária que conduziu a investigação e que escreveu um livro polémico em que os progenitores apareciam como principais suspeitos.
Anos mais tarde, um procurador alemão afirma ter recolhido provas da alegada participação de Brücker no desaparecimento da criança, chegando mesmo a ter sido anunciado que uma análise ao seu telemóvel o dava na altura nas proximidades do aldeamento turístico de onde Maddie desapareceu.