No último jogo foi a rotação com serviço de Westermann a fazer a diferença no final dos parciais, em todos os anteriores tinham surgido muitas outras justificações. Contas feitas, e nos últimos 19 dérbis frente ao Sporting, o Benfica conseguira ganhar 18 (a exceção foi a final da Taça de Portugal da última temporada) porque foi globalmente melhor e encontrou sempre um ponto de fuga nos pormenores para chegar a uma vitória no final. Por isso, e de forma natural, partia como favorito teórico a novo triunfo no jogo 2 da final do Campeonato de voleibol. Um jogo que colocava os leões numa posição sem margem de erro.

“No jogo 1, os dois primeiros sets foram muito equilibrados, disputámos tudo ponto a ponto e só no set final conseguimos uma pressão maior e vencemos o jogo. O resultado não representa o confronto, abrimos muito e vencemos com uma margem grande de pontos, mas que não tem nada a ver com o confronto entre Benfica e Sporting. O Sporting agora poderá tentar surpreender, talvez tentar uma alternativa com algum jogador. Sentimos que foi a equipa que mais nos desestabilizou na reta final do Campeonato. As duas equipas conhecem-se bem e, por isso, não acredito em segredos”, alertara Marcel Matz, técnico que revolucionou o voleibol dos encarnados e que tentava dar um passo importante rumo a novo título.

“O que tenho preparado e pensado não posso falar, temos de surpreender o adversário. Mas será um jogo disputado nos detalhes novamente. Apesar de o último jogo ter ficado 3-0, a partida foi discutida e estava renhida até aos 20 pontos nos dois primeiros sets. O serviço do Benfica fez a diferença, foram melhores. É sempre necessário servir bem contra esta equipa, que tem uma grande capacidade ofensiva. Vamos focar-nos nas coisas boas que fizemos e observar o que o adversário fez, que caminhos seguiu para tentar tirar vantagem. Perder um jogo não significa que perdemos o Campeonato, vamos para o segundo jogo procurar a vitória. A equipa já passou por muita coisa esta temporada, por isso estamos mentalmente preparados para lidar com adversidades”. destacara Gersinho, treinador brasileiro dos leões.

E, tal como ambos os técnicos tinham destacado, o dérbi voltou a ser mais equilibrado, à semelhança do que tinha acontecido nos cinco encontros anteriores na presente temporada entre Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça antes do jogo 1 da final. No final, ainda assim, voltou a imperar a melhor qualidade e experiência dos encarnados que ganharam por 3-1 e estão a um triunfo da revalidação do título.

Em atualização

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