Se houvesse aquela expressão que ficasse entre o xeque e o xeque mate num jogo de xadrez, a mesma seria a melhor para explicar o contexto do reencontro entre Sporting e FC Porto no Campeonato de andebol e a importância de uma vitória para qualquer um dos conjuntos. No bom e no mau: se um triunfo faria com que as contas do título ficassem muito (mas mesmo muito) bem encaminhadas, uma derrota obrigaria quase a um “milagre” nas últimas jornadas, com o empate a ser ainda assim melhor para os azuis e brancos do que para os leões, mesmo havendo ainda até ao final da prova um FC Porto-Benfica na Invicta.

Já não há leões invencíveis no campeonato de andebol: FC Porto invicto vence Sporting que ainda não tinha perdido

“Esperamos um jogo difícil perante uma equipa com quem jogámos duas vezes este ano e não fomos capazes de vencer embora tenhamos feito bons jogos. Encaramos esta partida com o máximo otimismo, é uma oportunidade pela qual lutámos muito e neste momento é isso que queremos. Estamos na luta. Os jogos das competições europeias foram importantes para mostrarmos aquilo de que somos capazes, agora somos uma equipa diferente face ao último jogo com o FC Porto. Temos de estar ao mais alto nível e preparar com o nosso público os momentos de maior dificuldade. Neste momento o FC Porto joga como ninguém. Sabemos que temos de estar muito fortes em vários aspetos do jogo”, comentara na antecâmara do jogo do título Ricardo Costa, treinador do Sporting que passou vários anos nos azuis e brancos.

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“As expetativas são as normais para um clássico, para um jogo com o Sporting. São duas grandes equipas, por isso espera-se um jogo muito disputado, com muita luta. Mas também sabemos que temos capacidade para dar a volta a essas dificuldades e é nisso que nos estamos a focar. Vamos jogar fora e pode ser um jogo decisivo mas o nosso foco é no que podemos fazer e não podemos encarar este jogo como sendo de vida ou de morte. Temos que encarar o encontro com responsabilidade por ser um jogo grande mas com plena confiança de que podemos ir lá ganhar. Tivemos uma fase menos boa mas levantámo-nos todos enquanto equipa, com muita entreajuda. Conquistar títulos é o pensamento que temos quando entramos aqui todos os dias para treinar ou para joga”, destacara António Areia, ponta internacional dos dragões.

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Até esta partida, disputada à mesma hora em que o futebol do FC Porto tentava ser campeão na Luz com o Benfica, era preciso recuar até março de 2019 para se encontrar uma vitória do Sporting no clássico. Daí para cá, os dragões ganharam sete vezes e empataram duas, sendo que esta época tinham conquistado a Supertaça (34-29) e vencido o encontro da primeira volta do Campeonato no Dragão Arena (31-30). Em condições normais, pelo domínio dos últimos anos, a decisão da principal prova nacional deveria estar quase “resolvida” mas uma derrota dos dragões na Luz reabriu a corrida pelo título, com apenas um ponto de diferença entre ambos os conjuntos. O Pavilhão João Rocha recebia o momento das decisões.

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No final, e apesar da desvantagem com que chegou ao intervalo, o FC Porto voltou a puxar dos galões de equipa campeã nacional, fez valer a sua maior experiência neste tipo de contextos e conseguiu dar a volta com um triunfo por 29-28 num ambiente escaldante que não conseguiu tirar o foco ao conjunto de Maguns Andersson, que deu um passo gigante rumo à conquista do título podendo até perder o clássico com o Benfica desde que consiga vencer os restantes jogos do Campeonato que no plano teórico serão acessíveis.

Em atualização