O investimento representou 5,3% da despesa pública total em 2021, mas o peso relativo desta rubrica no Produto Interno Bruto (PIB) foi o terceiro mais baixo da zona euro, segundo dados do INE, divulgados esta quinta-feira.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o investimento representou 5,3% da despesa pública total em 2021, registando uma variação positiva de 16,9%, face ao ano anterior, ao atingir 5,4 mil milhões de euros.

Este acréscimo deveu-se, principalmente, à despesa realizada pelas empresas de metropolitano de Lisboa e Porto associada à expansão das respetivas redes e aquisição de material circulante e à aquisição de computadores no âmbito do Projeto de Universalização da Escola Digital pelo Ministério da Educação”, refere o relatório do organismo de estatística.

No entanto, destaca que, quanto ao peso relativo do investimento no PIB, em 2021, apesar deste aumento, “Portugal salienta-se por continuar a apresentar um dos valores mais baixos (2,5%) entre os países da área do Euro” e cuja média foi de 3%.

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De acordo com os dados do INE, apenas a Irlanda e a Alemanha apresentaram menores pesos do investimento público no PIB em 2021.

Em 2021, o valor nominal da despesa pública aumentou 3,0% face ao ano anterior, atingindo 101,7 mil milhões de euros, representando 48,1% do PIB.

As prestações sociais foram a rubrica com maior peso relativo, representando 40,7% do total da despesa, enquanto as remunerações e o consumo intermédio corresponderam a 24,5% e 12,0% desse total, respetivamente.

O INE detalha que, comparando com a zona euro e tomando com referência o PIB, verifica-se que Portugal apresenta pesos relativamente maiores da despesa pública com remunerações e com pagamento de rendimentos de propriedade, e relativamente menores da despesa pública com prestações sociais, consumo intermédio e investimento.

“Detalhando a comparação com os Estados-membros que integram a área do Euro, começando pelas remunerações, em 2021, Portugal encontrava-se a meio da tabela entre os 19 países da área do Euro, com um valor (11,8%) inferior ao de Espanha e Grécia (12,2% e 12,3%, respetivamente) mas superior tanto ao de Itália (9,9%) como à média da área do Euro (10,3%)”, indica.

O INE refere ainda que, relativamente ao consumo intermédio, o peso no PIB, em Portugal, foi inferior (5,8%) ao de Espanha e Itália (6,0% e 6,9%, respetivamente), mas superior ao da Grécia (5,6%), situando a média do conjunto dos países da zona euro em 6,2%.