O ex-primeiro-ministro do Sri Lanka Ranil Wickremesinghe regressou esta quinta-feira ao cargo que já ocupou por cinco vezes, no passado, numa tentativa para trazer estabilidade ao país mergulhado numa crise política e económica.
Wickremesinghe prestou juramento perante o Presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, que o escolheu para liderar o Governo.
O irmão do Presidente, Mahinda Rajakapsa, renunciou ao cargo de primeiro-ministro na segunda-feira, após ataques violentos de apoiantes durante manifestações pacíficas contra o Governo.
Primeiro-ministro do Sri Lanka demite-se após semanas de protestos
A renúncia ao cargo de Rajakapsa levou à dissolução automática do Governo, provocando uma crise política.
A escolha de Wickremesinghe pelo Presidente está a ser lida como uma tentativa de acabar com a violência desencadeada pela crise política, bem como uma forma de restaurar a credibilidade internacional do país, numa altura em que as autoridades negoceiam um pacote de resgate junto do Fundo Monetário Internacional.
Esta quarta-feira, as forças policiais mobilizaram veículos blindados e tropas para as ruas da capital, depois de os ataques aos manifestantes terem desencadeado uma onda de violência em todo o país, matando nove pessoas e ferindo mais de 200.
Autoridades do Sri Lanka deslocam tropas e blindados para as ruas da capital
Durante semanas, os manifestantes exigiram que ambos os irmãos Rajapaksas renunciassem aos seus respetivos cargos, devido a uma crise da dívida que quase levou o país à falência, causando uma grave escassez de combustível, alimentos e outros bens essenciais.