A China advertiu nesta segunda-feira os Estados Unidos de que estão a “brincar com o fogo”, após declarações do Presidente norte-americano segundo as quais Washington defenderia Taiwan se Pequim tentasse invadir a ilha, noticiou a agência oficial Nova China.

Os Estados Unidos “estão a utilizar o ‘mapa de Taiwan’ para conter a China e vão queimar-se”, declarou Zhu Fenglian, uma porta-voz do gabinete dos assuntos taiwaneses do Conselho de Estado, muitas vezes descrito como o governo chinês.

A porta-voz “exortou os Estados Unidos a pôr fim a todos os comentários ou ações” que violem os princípios previamente definidos com a China, ainda segundo a Nova China.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse em Tóquio que o seu país defenderia militarmente Taiwan em caso de invasão, considerando que Pequim “está a provocar o perigo”.

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“Foi o compromisso que assumimos”, respondeu Biden quando lhe perguntaram, numa conferência de imprensa, se Washington interviria militarmente contra uma tentativa chinesa de tomar aquela ilha pela força.

A China reagiu inicialmente a estas declarações instando Joe Biden a “não subestimar” a sua “firme determinação” de “proteger a sua soberania”.

A política de “uma só China” aplicada pelos Estados Unidos em relação a Taiwan “não mudou”, afirmou, por seu lado, o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin.

Desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, a ilha de 24 milhões de habitantes é dirigida por um regime rival do regime comunista que governa a China continental.

A China pretende “reunificar” o território insular à “pátria-mãe” e não desistiu de utilizar a força militar, especialmente se a independência for oficialmente proclamada pelas autoridades de Taiwan.