Começou por ser apontado ao FC Porto, entrou entretanto no radar do Benfica, imperou a única proposta formal recebida pelo Corinthians que chegou da Luz: João Victor é o central pedido por Roger Schmidt para a próxima temporada, havendo já acordo com o jogador para assinar um contrato de cinco épocas que será apenas anunciado após a segunda mão dos oitavos da Taça dos Libertadores, onde o conjunto de Vítor Pereira joga na Argentina frente ao Boca Juniors depois do nulo registado no jogo em São Paulo.

Os últimos pormenores ficaram fechados esta segunda-feira, dia da partida da comitiva brasileira para Buenos Aires. E, de acordo com a imprensa local, o preço que estava inicialmente previsto foi alvo de uma pequena redução, com o Benfica a pagar 9,5 milhões de euros por 75% do passe do jogador de 23 anos: o Timão recebe oito milhões pelos 55% dos direitos económicos que tinha, ao passo que o banco BMG, que detinha 45% através do Coimbra (clube de Minas Gerais), alienou apenas 20% por 1,5 milhões, ficando com os restantes 25% na sua posse. Tal como acontecera com Enzo Fernández, que virá para Lisboa quando o River Plate sair da Libertadores, Rui Pedro Braz foi a São Paulo fechar a contratação do central.

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Após passagens por Noroeste, Botafogo de São Paulo e Atl. Mineiro, João Victor chegou ao Corinthians em 2017 ainda com idade de júnior, tendo passado pela equipa Sub-20 e Sub-23 mesmo trabalhando com a formação principal. Em 2020, o central esteve cedido ao Inter de Limeira e ao Atl. Goianiense, fazendo uma época que motivou o regresso ao conjunto de São Paulo para assumir o estatuto de titular indiscutível, com 48 jogos entre Campeonato, Taça, Paulista e Taça Sul-Americana em 2021 e mais 27 encontros até agora contando com Campeonato, Taça, Paulista e Taça dos Libertadores este ano. O jogador está ainda em dúvida para a partida frente ao Boca Juniors, após ter sido um dos melhores no jogo da primeira mão.

Com a chegada de João Victor, o Benfica passa a contar com seis centrais: Otamendi e Vertonghen, os dois habituais titulares na última época; Lucas Veríssimo, que sofreu uma grave lesão no joelho mas deverá estar apto para a competição entre setembro e outubro; Morato e Tomás Araújo. E se é certo que Morato não ficará no plantel de Roger Schmidt, sobre agora a dúvida se algum dos defesas mais experientes possa também sair numa fase em que Otamendi tem sido alvo de abordagens por clubes argentinos.

Agora, e num processo que está a ser gerido pelo próprio Rui Costa, a prioridade dos encarnados passa pela contratação de Ricardo Horta, avançado do Sp. Braga que regressou esta segunda-feira ao Minho para se juntar ao plantel dos minhotos agora orientado por Artur Jorge. Roger Schmidt, que elogiou em termos públicos o jogador na primeira conferência de imprensa que fez na Luz, gostaria de contar com o jogador internacional para o estágio de uma semana que o Benfica vai realizar no St. George’s Park, em Inglaterra.

Uma proposta (recusada), duas posições sobre o mesmo acordo e o CC de um email que muda as regras: os capítulos da novela Ricardo Horta

“Está a ser um bom regresso. Estou a adaptar-me às ideias do mister e à nova dinâmica do grupo mas está a ser um bom dia. Está a ser um bom regresso e por isso estou feliz. Temos que melhorar em relação aos últimos anos. Sabemos que o Sp. Braga joga sempre para vencer e queremos chegar mais longe nas taças. Queremos também atingir a melhor classificação possível no campeonato. É isso que poderemos prometer aos adeptos: fazer o melhor possível”, comentou Ricardo Horta após o primeiro treino da época no Minho. No entanto, a transferência está em cima da mesa e pode ficar fechada nos próximos dias, com uma proposta bem acima dos 12 milhões de euros já apresentados e a envolver jogadores como Morato ou Gil Dias. Uma coisa é certa: na Luz, a contratação do avançado parece ser uma mera questão de tempo.

Pressão de ganhar, corte no plantel, a opção de Gotze e até Ricardo Horta: a primeira conferência de Roger Schmidt no Benfica