A albufeira de Santa Águeda, em Castelo Branco, está com 87% da sua capacidade de armazenamento de água, o que leva os responsáveis municipais a afirmar que, “para já, está tudo controlado”.
A barragem de Santa Águeda, neste momento”, está a “87% da capacidade para abastecimento. Para já, está tudo controlado”, disse esta sexta-feira à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques.
A albufeira de Santa Águeda é responsável pelo abastecimento público de água a quatro concelhos: Castelo Branco, Fundão, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
Apesar da situação estar controlada, este responsável, que tem a seu cargo o pelouro dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Castelo Branco (SMASCB), referiu que o município “está a ter algum cuidado” com a situação.
“Apesar de estar tudo controlado com os gastos da água, estamos atentos, sobretudo, com a sensibilização das pessoas para esta problemática da água. Temos uma campanha dos SMASCB em curso, cuja ideia passa por chamar à atenção das pessoas para um bem [água] que é escasso”, sublinhou.
Segundo Hélder Henriques, Castelo Branco tem uma vantagem ao nível do abastecimento público de água, que passa pela questão das perdas no sistema.
“Continuamos na ordem dos 12/13% em termos de perdas de água, quando a média nacional anda nos 29/30%”, sublinhou.
Os SMASCB entre 2013 e 2020, reduziram em cerca de 57% a água não faturada. Comparando o ano 2019 com o ano 2020, houve uma redução de cerca de 23%, situando-se este indicador aproximadamente em 13%, quando a média nacional ronda os 30%.
OS SMASCB têm apostado forte na sensibilização e criaram mesmo o Plano Municipal de Educação Para a Sustentabilidade Ambiental.
A execução deste plano dirigido à comunidade escolar, envolve alunos, professores e famílias e vai ser executado em quatro anos letivos, através de projetos pedagógicos, desenvolvidos nas atividades extracurriculares dos agrupamentos de Escola do concelho de Castelo Branco.
Num quadro mais abrangente de Educação para a Cidadania, estas atividades potenciam o processo de sensibilização e promoção de valores, mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro.
O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%), de acordo com o boletim meteorológico.
No final de junho, os valores de percentagem de água no solo continuavam muito baixos em todo o território e em especial na região interior Norte e Centro, no vale do Tejo, Alentejo e Algarve.