O musicólogo Edward Ayres de Abreu foi designado diretor do Museu Nacional da Música, em Lisboa, na sequência de um concurso público internacional, anunciou esta terça-feira a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
O musicólogo, gestor e compositor de 33 anos, que já colaborou com entidades culturais como a Fundação Calouste Gulbenkian, o Teatro Nacional de São Carlos e a Casa da Música, vai entrar em funções a 01 de setembro deste ano, segundo um comunicado da DGPC.
Este organismo do Ministério da Cultura tem vindo a anunciar, em várias fases, o resultado dos concursos públicos internacionais, abertos em 2020, para o preenchimento de cargos de direção nos museus, monumentos e palácios nacionais.
Edward Ayres de Abreu irá substituir no cargo a atual diretora, Graça Mendes Pinto, que dirige o Museu Nacional da Música desde 2014, e que também fazia parte da lista de sete candidatos admitidos ao concurso internacional.
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O musicólogo e gestor é, desde 2021, segundo vogal da direção da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música, e fundou e dirigiu (2009-2022) o MPMP — Património Musical Vivo, plataforma distinguida com o Prémio de Música Sequeira Costa (2018) pela Fundação Mirpuri.
No âmbito do MPMP concebeu e coordenou diversos projetos editoriais e de programação musical.
Foi membro integrado do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), iniciando em 2022 um projeto de pós-doutoramento no âmbito do INET-md, Centro de Estudos em Música e Dança, polo da Universidade de Aveiro.
Estudou no Conservatório Nacional com Ana Sousa Lima e Rui Pinheiro (Piano), Eli Camargo Júnior e Daniel Schvetz (Composição).
Diplomado pela Escola Superior de Música de Lisboa (Composição, licenciatura), Universidade NOVA (Ciências Musicais, mestrado e doutoramento) e pela AESE Business School (Executive MBA), foi, ao longo do percurso académico, bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, da Imprensa Nacional — Casa da Moeda e da AESE Business School.
Pelo seu trabalho como musicólogo foi distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017), da Universidade da Califórnia, Riverside, e com o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019), da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.
A atual diretora, Graça Mendes Pinto, que lidera o Museu Nacional da Música há oito anos, pertence à carreira técnica superior dos quadros de pessoal da DGPC, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e fez uma pós-graduação em Museologia e Conservação no antigo Instituto Português do Património Cultural.
Em 1984, iniciou funções de conservadora no Palácio Nacional da Ajuda, que desempenhou durante dez anos, ingressando em 1994 nos serviços centrais do antigo Instituto Português dos Museus (IPM).
Foi requisitada em 1998 pela Fundação Centro Cultural de Belém (CCB) para exercer as funções de Conservadora/Museóloga na direção do Centro de Exposições, onde esteve cinco anos, regressando ao IPM para fazer assessoria à direção.
Em 2007, foi nomeada Coordenadora da Galeria do Rei D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda e, em 2014, nomeada diretora do Museu da Música, em regime de substituição; após concurso, foi designada diretora em fevereiro de 2015.