A iLoF, empresa de saúde digital sediada no Porto, angariou uma ronda de financiamento de cinco milhões de dólares (cerca de 4,9 milhões de euros) que permitirá acelerar o recrutamento de pacientes e o desenvolvimento de terapias dirigidas.

O investimento será orientado para acelerar a missão de reduzir radicalmente o tempo e o custo de recrutar pacientes para ensaios clínicos, e permitir o rápido desenvolvimento de terapias eficazes para milhões de pacientes em todo o mundo”, indicou, em comunicado, a empresa incubada na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A ronda de financiamento foi liderada pela portuguesa Faber e contou com a participação dos fundos norte-americanos M12, do fundo de capital de risco da Microsoft e Quiet Capital, dos fundos europeus Lunar Ventures, Alter Venture Partners, re.Mind Capital e Fluxunit, e do fundo de capital de risco da ams OSRAM.

Com este financiamento, a empresa quer acelerar os compromissos que mantém com algumas empresas da área farmacêutica, biotecnológica e clínica, tendo como objetivo “acelerar pilotos e agilizar o desenvolvimento da plataforma”. 

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A iLoF é “pioneira” no desenvolvimento de uma plataforma de Inteligência Artificial que visa acelerar a descoberta e desenvolvimento de medicamentos personalizados, tendo, angariando, até à data, mais de oito milhões de dólares (cerca de 7,9 milhões de euros) em financiamento.

Neste momento, a plataforma inteligente da iLoF está a angariar dados para construir uma biblioteca de perfis biológicos na tentativa de encontrar uma “nova forma de desenvolver tratamentos personalizados e identificar perfis biológicos que possam salvar vidas a pacientes em todo o mundo”.

Até ao próximo ano, a empresa quer contratar mais 20 trabalhadores na área da física, biologia, ciência de dados e gestão de produto.

Citado no comunicado, o cofundador e diretor executivo da iLoF, Luís Valente, destaca que “para muitas doenças graves, como o Alzheimer, vários fatores podem contribuir para a a eficácia de um tratamento em um determinado paciente”.

Isto significa que milhões de pacientes vivem atualmente sem acesso a um tratamento eficaz e modificador da doença”, observa Luís Valente, acrescentando que com a biblioteca digital que está a ser criada “diferentes perfis de pacientes poderão ser selecionados, acelerando o desenvolvimento de tratamentos eficazes e personalizados, e permitindo ensaios clínicos mais humanos e centrados no paciente”.

Segundo o diretor executivo, os objetivos futuros passam por aumentar a “biblioteca digital de biomarcadores e colocá-la ao serviço dos pacientes, através de uma plataforma inovadora de triagem de doenças”.

Também citada no comunicado, Sofia Santos, sócia da Faber, refere que a iLoF tem potencial para “impactar positivamente milhões de pacientes em todo o mundo e tornar-se uma peça fundamental no mercado de medicina personalizada”.

A solução que combina fotónica e inteligência artificial pode transformar o diagnóstico e a triagem de múltiplas doenças complexas, ao mover progressivamente os cuidados de saúde de uma abordagem centralizada em hospital para uma abordagem focada no paciente e a um custo muito inferior”, destaca.

Liderada por Luís Valente, a equipa da iLoF é composta por 20 investigadores, cientistas e empreendedores internacionais.