Chamemos-lhe apenas o “clube X”. O clube X, que já estava a acusar a falta de resultados desportivos tendo nos seus quadros um dos melhores jogadores do mundo, andou a pedir a vários elementos do plantel (do futebol e não só) para baixarem os ordenados devido a problemas financeiros adensados pela pandemia e pela falta de receitas durante um determinado período. A custo, vários contratos foram renegociados e só assim as três contratações a custo zero do verão puderam ser inscritas na Liga – sendo que houve ainda um quarto reforço, no último dia de mercado, que chegou por empréstimo e com vencimento em conta.
Revelado contrato milionário de Messi, numa altura em que Barcelona arrisca a bancarrota
Em janeiro, já com um novo presidente que antes passara pelo clube e um treinador diferente que tinha no passado sido capitão de equipa, houve a aposta num jogador de um conjunto inglês, que não acreditava que fosse possível fazer uma venda para ali por 55 milhões de euros (daí ter blindado esse contrato com uma série de cláusulas em caso de incumprimento), mais uma contratação sem custos de um nome mediático e mais um reforço por empréstimo para melhorar e aumentar as soluções ofensivas tendo em vista um dos quatro primeiros lugares do Campeonato e consequente entrada direta nos grupos da Liga dos Campeões.
Agora, em julho, esse mesmo clube X tornou-se o rei do mercado. Já gastou mais de 150 milhões de euros em reforço recebendo apenas 20 para já de receitas, fez outras duas contratações a custo zero com todo o impacto que isso tem depois nos ordenados, continua ativo no mapa das transferências e com mais reforços em vista. Mais: esse jogador que é um dos melhores do mundo e que entretanto saiu já começa a ser alvo de cobiça para um regresso, seja a curto prazo em 2022, seja no decorrer da próxima temporada.
‘Barça’ estreia Lewandowski e bate Real Madrid com ‘golaço’ de Raphinha
O clube X chama-se Barcelona e esta é a nova realidade um ano após o risco de bancarrota. E o quinto reforço na tentativa de criar um super plantel que possa conseguir resultados no imediato com o técnico Xavi Hernández está oficializado: Koundé, central do Sevilha, vai reforçar os culé por 50 milhões.
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Já depois de ter assegurado as contratações a custo zero de Christensen (Chelsea) e Kessié (AC Milan), os catalães chegaram a acordo com o Leeds para a compra do internacional brasileiro Raphinha e foram depois reforçar o ataque com Lewandowski, do Bayern. Ao todo, o Barça já gastou 153 milhões de euros em contratações mas prometem não ficar por aqui, com a imprensa espanhola a dar conta da vontade de reforçar ainda mais a defesa com laterais como Azpilicueta, Marcos Alonso e/ou Reguilón. A pensar em 2023, perante a dificuldade de ser antes, o clube já estuda uma forma de voltar a receber Messi.
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Mas como será possível fazer tudo isso e conseguir inscrever jogadores novos na Liga, algo que na época passada só aconteceu com a renegociação dos salários dos capitães e com a saída de Lionel Messi? Por um lado, Joan Laporta, presidente do clube, tem conseguido não só novas receitas como um antecipar de verbas que entrariam a breve e médio prazo; por outro, espera ainda fazer alguns negócios com todos os excedentários do plantel este verão, sendo o médio neerlandês Frenkie de Jong um bom exemplo disso mesmo com a necessidade de vender o jogador ou então convencê-lo a cortar um terço do vencimento.