A artista portuguesa Catarina Silva venceu a nova edição do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, na categoria de ilustração, com uma proposta visual para o conto “O Avô Minguante”, de Daniela Leitão, anunciou esta quinta-feira a organização.

O Prémio de Literatura Infantil tem um valor monetário de 50.000 euros a repartir em partes iguais pelos autores do texto e da ilustração, sendo os vencedores anunciados em duas fases — primeiro o texto e depois a ilustração. Além do prémio monetário, os vencedores verão também a obra ser publicada.

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Depois de Daniela Leitão ter vencido, em maio passado, a categoria de texto do prémio, com “O Avô Minguante”, o júri atribuiu agora o prémio respeitante à vertente de ilustração, à autora Catarina Silva, 26 anos.

O júri elogiou “uma linguagem gráfica original e com um nível interessante de maturidade”, e “a opção por um estilo de composição que se aproxima do enquadramento cinematográfico”.

Catarina Silva, nascida em Lisboa, em 1996, é licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, tem ainda formação em ilustração e em cenografia e figurinos, e trabalha com cerâmica. É autora de um álbum ilustrado “Onde cabe uma montanha”, inédito, não publicado.

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O júri foi composto por André Carrilho, Bernardo P. Carvalho, Eduardo Côrte-Real, Marta Madureira e Sara Miranda.

Nesta edição foram ainda atribuídas duas menções honrosas em ilustração, aos trabalhos propostos por Manuela Peixoto e Margarida Ferreira.

O livro “O Avô Minguante”, que será publicado em novembro, destaca-se pela “beleza da relação retratada entre a personagem criança e o avô”, abordando questões sobre envelhecimento e morte, sublinhou o júri, em maio, quando distinguiu Daniela Leitão.

Ao trazer para a literatura infantil um tema que não é fácil, a autora dirige-se de uma forma elegante e construtiva aos leitores, maiores e mais pequenos”, afirmou o júri.

Este é o prémio literário com o valor mais elevado em Portugal, na área do livro para a infância.

Em 2021, o prémio foi atribuído ao conto “Assim como tu”, escrito por Raquel Salgueiro e ilustrado por Jorge Margarido.

Em edições anteriores, o prémio permitiu a publicação de, entre outros, “Leituras e papas de aveia”, de António Martins e Duarte Carolino, “O protesto do lobo mau”, de Maria Leitão e Pedro Velho, e “O narciso com pelos no nariz”, de Andreia Pereira e Ana Granado.