O ministro da Educação, João Costa, anunciou esta sexta-feira que “quase 100% dos horários têm professor atribuído”, mas alertou que “daqui até ao arranque do ano letivo” existem “novas necessidades” que ainda podem surgir.
Em conferência de imprensa, João Costa explicou que foram pedidos pelas escolas 13.101 horários e foram colocados 7.099 professores por contratação inicial (destinada somente a professores contratados) e 5.692 por mobilidade interna (dirigida a profissionais do quadro). Desta forma, dos 13.101 horários pedidos, “97,7% têm professor atribuído”.
O governante salientou também o esforço que tem “vindo a ser feito nos últimos anos” por parte do Ministério da Educação para “colocar os professores mais cedo do que era tradicional” para dar “mais tempo às pessoas para organizarem a sua vida”.
A entrada no quadro de mais de três mil contratados foi destacada pelo ministro que referiu que, “desde 2015”, entraram no quadro do Ministério da Educação “14.259 professores que eram contratados e que hoje têm vínculo”.
“O problema neste momento chama-se informática”
Para o próximo ano letivo, que se inicia a 13 de setembro, o “problema chama-se informática”, uma vez que 80% dos horários completos de 22 horas de aulas que foram pedidos para este grupo de recrutamento ficaram por preencher. De acordo com o ministro da Educação, “a maior parte” deste problema regista-se nas regiões de Lisboa e na zona Oeste.
Para a colocação de professores na área informática e noutras em que surja essa necessidade existem ainda três reservas de recrutamento. “Temos ainda professores disponíveis para colocar não só nas três reservas de recrutamento, mas também ao longo do ano letivo em funções de substituições que sejam necessárias”, explicou João Costa.
O ministro garantiu assim que existem ainda 25.858 professores por colocar — sendo que destes 871 são professores de carreira. “O resultado global que temos” é a existência de uma “folga por enquanto ainda confortável para substituições e novos horários que possam surgir até ao início do ano letivo e ao longo do ano letivo”, acrescentou.
João Costa disse ainda, no final da conferência de imprensa, que “está em curso” o processo de contratação de 7.500 juntas médicas que vão analisar as baixas dos professores que “suscitem dúvidas”.
Juntas médicas vão analisar baixas de professores que “suscitam dúvidas”