A Mota-Engil fechou o primeiro semestre de 2022 com um lucro de 12 milhões de euros, mais 37% do que os resultados registados no mesmo período do ano passado, anunciou esta quarta-feira a construtora em comunicado.

No período homólogo de 2021, o grupo havia apresentado lucros de oito milhões de euros, face aos resultados negativos de cinco milhões de euros obtidos em 2020.

De acordo com a Mota-Engil, o resultado deste ano é “o melhor dos últimos seis anos”.

“(…) O grupo atingiu um crescimento de 19% no seu volume de negócios, alcançando 1.354 milhões de euros, e de 14% no seu EBITDA (para 207 milhões de euros), atingindo em ambos os indicadores valores recordes (…) num primeiro semestre, o que contribuiu decisivamente para alcançar um resultado líquido atribuível (…) de 12 milhões de euros, lê-se no comunicado.

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No entanto, nos primeiros seis meses de 2022, a construtora registou uma melhoria do rácio de Dívida Líquida/Ebitda para 2,6x com redução da dívida líquida para 1.117 milhões de euros, destacando “a tendência de crescimento da rendibilidade operacional conjugada com uma gestão criteriosa de investimentos”.

A Mota-Engil voltou a alcançar “um novo recorde do volume de encomendas”, atingindo em junho um valor de 9,2 mil milhões de euros.

A empresa refere ainda que no “terceiro trimestre celebrou contratos em Angola, México e Brasil no valor de 2,2 mil milhões de euros”, tendo registado “entre os novos contratos projetos de dimensão média superior e concentrados nos mercados core do grupo, onde a Mota-Engil estabeleceu que continuará a ser a maior aposta comercial e de investimento nos próximos cinco anos, de acordo com o Novo Plano Estratégico, designado de ‘Building’26’ com vigência entre 2022 e 2026”, salientou.

Em relação ao desempenho por área de negócio, a Mota-Engil realçou o crescimento de 28% no negócio de Engenharia e Construção, impactado de forma muito relevante pelo crescimento de 54% em África, com Angola e Costa do Marfim a surgirem em destaque, onde a faturação duplicou neste período face ao homólogo.

Também destacou o crescimento da atividade em Portugal de 18%, face aos 11% registados no mesmo período de 2021, apresentando na Europa, “de forma consolidada, uma ligeira diminuição da atividade por uma maior seletividade na apresentação de propostas comerciais na Polónia em função da elevada volatilidade na região, assim como pelo efeito da venda realizada em janeiro das operações no Reino Unido e Irlanda”.

Por seu lado, na América Latina, a empresa aumentou “o seu volume de negócios em 36%, com preponderância do mercado mexicano, o maior da região, a alcançar um crescimento da atividade em 41%, assim como o Peru que atingiu um crescimento de 55%”.

O grupo sublinhou que o nível de recorde de carteira naquela região foi “superior a três mil milhões de euros” e “potenciará o crescimento nos próximos anos”.

Na gestão financeira, a Mota-Engil recordou que “manteve os seus compromissos de investimento em linha com o projetado no início do ano com um CAPEX de 108 milhões de euros, 55% relacionados com investimento de crescimento e em contratos de médio e longo prazo”.

O grupo ainda deu destaque para o aumento de 34% no capital próprio, “o que reforça a sustentabilidade do balanço, assim como as condições para a concretização plena do Plano Estratégico”.