Antes do Mundial, a Liga das Nações. Fernando Santos anunciou esta quinta-feira a lista de convocados da Seleção Nacional para a dupla jornada decisiva da Liga das Nações, contra República Checa e Espanha, e voltou a escolher 26 jogadores ao invés dos mais habituais 23.
Dentro do lote de convocados, destaque para os regressos de Rúben Dias e João Félix, que falharam a última chamada por lesão, e também de Rafa e João Mário, que não iam à seleção portuguesa há cerca de um ano. Otávio e Renato Sanches foram dados como “inaptos” pelo departamento médico da Seleção, segundo Fernando Santos, e não fazem parte da lista. Tiago Djaló também volta a ser convocado, assim como Pedro Neto, e não se confirma a estreia de Gonçalo Ramos, algo muito comentado e antecipado ao longo da semana. Por fim, destaque para a ausência de João Moutinho, um dos habitualmente indiscutíveis para o selecionador nacional.
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— Portugal (@selecaoportugal) September 15, 2022
Portugal vai defrontar a República Checa em Praga no próximo dia 24 de setembro e fecha a fase de grupos da Liga dos Campeões a 27 de setembro, contra Espanha e no Municipal de Braga, num jogo que já tem a lotação totalmente esgotada. De recordar que, com quatro partidas disputadas, a Seleção está atualmente no segundo lugar do Grupo 2 da Liga A com sete pontos, menos um do que a líder Espanha, mais três do que os checos e mais quatro do que a Suíça.
Portugal estreou-se nesta Liga das Nações com um empate em Sevilha frente a Espanha (1-1), goleou depois a Suíça (4-0) e venceu a República Checa (2-0) em Alvalade e perdeu com os suíços na deslocação a Genebra (1-0). Para seguir para a final four da competição, que está marcada para junho de 2023, a Seleção Nacional tem de terminar no primeiro lugar do Grupo 2. De recordar que Portugal conquistou a primeira edição da Liga das Nações, em 2019, sendo que França ganhou a edição seguinte, em 2021.
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— Portugal (@selecaoportugal) September 15, 2022
Os convocados de Fernando Santos para os jogos contra a República Checa e a Espanha são:
- Guarda-redes: Diogo Costa (FC Porto), Rui Patrício (Roma), José Sá (Wolverhampton);
- Defesas: Diogo Dalot (Manchester United), João Cancelo (Manchester City), Danilo (PSG), Pepe (FC Porto), Rúben Dias (Manchester City), Tiago Djaló (Lille), Nuno Mendes (PSG), Raphael Guerreiro (Borussia Dortmund);
- Médios: João Palhinha (Fulham), Rúben Neves (Wolverhampton), Bernardo Silva (Manchester City), Bruno Fernandes (Manchester United), João Mário (Benfica), Matheus Nunes (Wolverhampton), Vitinha (PSG), William Carvalho (Betis)
- Avançados: Cristiano Ronaldo (Manchester United), Diogo Jota (Liverpool), Pedro Neto (Wolverhampton), João Félix (Atl. Madrid), Rafa (Benfica), Rafael Leão (AC Milan), Ricardo Horta (Sp. Braga)
Na pequena conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio dos convocados, Fernando Santos não quis fazer previsões sobre aquela que poderá ser a lista final para o Mundial 2022. “Não vou responder a questões do Mundial porque isto é para a Liga das Nações. É importante ganhar estes jogos para chegar à fase final, o importante é agora, a questão do Mundial vem depois. Quando digo que há vários jogadores que nem observávamos com muita atenção há dois meses, podia dar aqui muitos nomes, desde o António Silva, o Florentino, o Pote, o Trincão, o Vitinha do Sp. Braga… Há muitos que, de repente, estão a dizer que estão aqui. Mostram que têm capacidade e podem chegar à Seleção e nós estamos todos atentos. Quem vai dizer quem vai ao Mundial depois sou eu, mas depende muito dos jogadores também e o mês de outubro vai ser muito decisivo para isso. Temos um leque de variadas opções, a questão aqui é a dificuldade da escolha”, explicou o selecionador nacional, que em seguida respondeu precisamente sobre essa “dificuldade da escolha”.
“Já ouço essa pergunta há dois, três, quatro anos. A convocatória mais difícil é sempre a primeira, cheguei aqui e tinha de jogar em França e na Dinamarca e o jogo da Dinamarca era verdadeiramente importante. Se o leque de jogadores vai aumentando, as escolhas têm de ser mais trabalhadas, mas não se torna mais difícil. Não é difícil fazer a convocatória, porque aí entra o meu trabalho de selecionador, que é procurar ser justo dentro da nossa visão. Que obviamente não é a de todos e tenho todo o respeito por isso”, acrescentou, garantindo ainda que Cristiano Ronaldo será titular no Manchester United contra o Sheriff, esta quinta-feira, e comentando que “isto está a ficar um mundo de malucos” quando questionado sobre o apedrejamento do carro da família de Sérgio Conceição.
“É uma má imagem para tudo, não só para o futebol português. Isto está a ficar um mundo de malucos, são coisas que não podem acontecer. Tenho uma relação de amizade com ele e já tive oportunidade de estar com ele pessoalmente. Acho que é completamente reprovável e quem o fez deve ser castigado”, terminou.