A subida dos preços em Portugal acelerou no mês de setembro, segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. A taxa de inflação homóloga saltou para 9,3%, contra os 8,9% registados em agosto (também na comparação homóloga). É a taxa de inflação mais elevada desde outubro de 1992 e surge num contexto europeu em que a inflação já chegou oficialmente aos dois dígitos.

Mesmo descontando os preços da energia e dos alimentos frescos, a chamada “inflação subjacente” subiu para 6,9%, mais do que os 6,5% – o registo mais elevado desde fevereiro de 1994.

Segundo os cálculos do INE, que são ainda provisórios, a inflação nos preços da energia está em 22,2%, ainda assim menos 1,8 pontos percentuais do que a variação homóloga registada no mês anterior. No caso dos alimentos frescos, a variação homóloga acelerou: 16,9% face aos 15,4% do mês anterior.

Fonte: INE

“Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 1,2% (-0,3% em agosto e 0,9% em setembro de 2021)”, acrescenta o INE.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que serve para comparação europeia, terá registado uma variação homóloga de 9,8% (9,3% no mês anterior).

Inflação na zona euro atinge os 10%, pela primeira vez

O indicador, que o INE vai calcular em definitivo a 13 de outubro, surge no dia em que o Eurostat confirmou que a taxa de inflação na zona euro atingiu os dois dígitos pela primeira vez na história da união monetária.

Entre os diferentes países, foi noticiado que a inflação nos Países Baixos saltou para 17% – e já se sabia desde quinta-feira que a taxa de subida dos preços tinha atingido os dois dígitos (10%) na Alemanha, pela primeira vez em 70 anos.

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