Um homem abriu fogo numa creche em Nong Bua Lamphu, no nordeste da Tailândia, matando mais de 30 pessoas, a maioria crianças. O último balanço dá conta de um total de 37 mortos, 24 deles crianças.

De acordo com a BBC, o atacante é um ex-agente da polícia. A responsável regional Jidapa Boonsom disse à agência Reuters que quatro ou cinco funcionários terão sido atingidos, incluindo uma mulher grávida de oito meses.

O atacante, que usou pelo menos uma arma de fogo e uma faca, matou 22 crianças (19 rapazes e três raparigas), e dois adultos numa creche, disse a polícia. Depois de ter fugido, continuou a disparar do carro, atingindo várias pessoas na rua, disse o general Paisal Luesomboon, da polícia tailandesa, citado pela Lusa. Fora da creche, matou duas crianças e 10 adultos, incluindo a mulher e o filho, antes de se suicidar em casa.

Também há a registar 15 feridos, oito dos quais em estado grave, disse a polícia.

As autoridades locais apelaram à população para que doasse sangue.

O ataque começou cerca das 12:30 locais (07:30 em Lisboa), e ocorreu numa creche frequentada por crianças com idades entre os 2 e os 5 anos.

A creche situa-se na cidade de Uthai Sawan, na província de Nong Bua Lamphu, a cerca de 200 quilómetros a nordeste da capital tailandesa, Banguecoque.

Desconhece-se o motivo do ataque, mas as autoridades disseram que o suspeito, identificado como Panya Khamrab, 34 anos, tinha sido expulso da polícia em junho, por ter sido encontrado na posse de drogas. A polícia suspeita que o atacante estivesse sob a influência de droga na altura do ataque, segundo o jornal tailandês Bangkok Post.

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O ex-polícia deveria comparecer perante um tribunal na sexta-feira, num processo relacionado com a posse de drogas, noticiou o jornal tailandês Daily News.

A notícia do ataque espalhou-se rapidamente por todo o país e desencadeou cenas de desespero e angústia em Uthai Sawan, uma cidade rural com cerca de 80.000 habitantes.

Dezenas de familiares das vítimas correram para o infantário, que foi isolado pela polícia, em busca de informações sobre os acontecimentos e as identidades das vítimas.

Algumas das mães em desespero tiveram de receber atenção médica, enquanto outras foram confortadas por outros residentes, de acordo com imagens divulgadas nas redes sociais por testemunhas, citadas pelas agências internacionais.

Uma das professoras que estavam na creche descreveu os momentos aterradores e testemunhou que o atacante “disparava, partia vidros e matava” adultos e crianças.

O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-O-Cha, já reagiu. Em comunicado, diz que “expressou as suas condolências”. Chan-O-Cha anunciou entretanto uma investigação urgente ao caso.

A última vez que houve um tiroteio em massa na Tailândia foi em 2020, quando um soldado matou mais de 20 pessoas na cidade de Nakhon Ratchasima.