A Alsa Todi, empresa de transportes públicos rodoviários na Península de Setúbal, contratou 20 motoristas nas últimas semanas em território nacional e tem 61 à espera de visto em Cabo Verde, para melhorar o serviço, revelou esta quarta-feira a empresa.

Nas últimas duas semanas contratámos mais 20 motoristas, alguns dos quais já estão ao serviço e outros a acabar a formação, para além de mais 61 que contratámos em Cabo Verde e que estão a aguardar a emissão de vistos”, disse à agência Lusa fonte oficial da Alsa Todi.

“Temos um responsável da empresa a acompanhar todo o processo em Cabo Verde. Estamos empenhados em melhorar o serviço e continuamos a desenvolver esforços nesse sentido“, acrescentou.

Contactado pela agência Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que “o pedido de vistos [para os motoristas contratados pela Alsa Todi em Cabo Verde] deu entrada no escritório consular do Mindelo no passado dia 28 de setembro”, adiantando que os referidos vistos “estão a ser processados para que o processo fique concluído o mais rapidamente possível“.

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Mesmo sem ter ainda o quadro de motoristas necessários totalmente preenchido, a Alsa Todi garante que já houve uma melhoria substancial do serviço público de transportes rodoviários nas últimas semanas.

A melhoria no serviço da Alsa Todi, empresa que assegura os transportes públicos rodoviários nos concelhos de Setúbal, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela e Barreiro, na área 4 da Carris Metropolitana, é confirmada pelos utentes e pela Câmara de Setúbal, embora todos sublinhem que ainda há muito para melhorar.

“Registamos ligeiras melhorias, ainda que longe do que é exigível e que ambicionamos e longe ainda do que está assumido pela empresa. Não desistiremos de fazer cumprir o serviço que está contratado e de ter em Setúbal transportes públicos de qualidade”, disse à agência Lusa fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Setúbal.

“Logo após os protestos do dia 1 de outubro em diversas localidades da península de Setúbal, houve efetivamente uma melhoria do serviço, com mais carreiras, mais autocarros, mais horários a serem cumpridos“, corroborou Paulo Soares, da Comissão de Utentes de Transportes Públicos Rodoviários do Montijo.

Além da exigência de cumprimento dos horários previstos, Paulo Soares defende que também é preciso avaliar se o número de carreiras, para as freguesias periféricas, e dos autocarros para Lisboa que passam pelo Montijo com origem noutros concelhos é suficiente para dar resposta às necessidades das populações”.

De acordo com a expectativa da Alsa Todi, que diz estar em diálogo permanente com a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), entidade responsável pela gestão do serviço público de transportes rodoviários da Área Metropolitana de Lisboa (AML), os motoristas contratados em Cabo Verde deverão colmatar as necessidades imediatas da empresa.