O treinador do Marítimo, João Henriques, disse esta quarta-feira que o último classificado da I Liga de futebol está “surdo” em relação às críticas e focado em alcançar a primeira vitória ante o Paços Ferreira, penúltimo na competição.

“Estamos surdos dentro do grupo. Podem fazer o barulho que quiserem por fora, abanar as árvores, chuvas, ventos e tempestades que não faz mal. Sabemos o nosso trilho e vamos lá chegar. Tenho muita confiança no meu trabalho, sei que é bom, o dos meus colaboradores é bom e dos meus jogadores está a ser muito bom”, afirmou o técnico, natural de Tomar, na antevisão ao embate da 11.ª jornada.

O jogo, previsto para sexta-feira, vai colocar frente a frente duas equipas que ainda não venceram na presente temporada, somando apenas dois pontos, fruto de dois empates, resultados que só foram alcançados pelos verde rubros nas últimas duas rondas, a última diante do Arouca e a anterior no Estádio do Bessa, ambas por 1-1.

É o passo seguinte. Queríamos que já tivesse acontecido no jogo anterior, mas sentimos que estamos muito mais perto. Eles [jogadores] sentem que cada vez estão mais perto de conseguir a primeira vitória de várias que vamos conseguir”, adiantou o técnico, de 49 anos, sublinhando que o grande objetivo é só um, conquistar a vitória.

Quando questionado sobre se a sua passagem pela Capital do Móvel poderia ser uma vantagem, João Henriques sublinhou que “cada época é uma história diferente” e que os jogos vão ser sempre encarados pelo Marítimo da mesma forma, independentemente do adversário e do campo.

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“Vamos num contexto em que as duas equipas têm dois pontos e deviam estar a fazer melhor do que estão. A partir daí é um campo sempre difícil para todas as equipas, mas que esta época não tem sido assim. Durante o jogo vamos ver se conseguimos puxar a sorte para o nosso lado, porque o trabalho está a ser feito”, frisou, enfatizando a necessidade de “vencer com consistência para dar passos em frente”.

O sucessor de Vasco Seabra no leme do emblema madeirense lembrou que a equipa tem feito golos em todos os jogos desde a sua chegada, à exceção do encontro no Estádio da Luz (5-0), admitindo que o problema reside no número de golos sofridos.

“A equipa tem feito golos em todos os jogos desde que cheguei, à exceção do Benfica. Temos preparado a questão ofensiva. Fazer um golo por jogo era bom se não sofressemos. Estamos a sofrer muitos golos, é um facto, e isso é uma questão que estamos a trabalhar”, afirmou João Henriques, ressalvando que, em 42 dias de trabalho na Madeira, “a evolução é notória” naquilo que é a sua ideia para a equipa, recusando afirmar que antes estava tudo mal.

Sobre a situação em que o conjunto insular se encontra, João Henriques classifica de “perfeitamente normal”, explicando que “à semelhança dos governos e administrações, têm altos e baixos na sua gestão”.

O Marítimo, último classificado, com dois pontos, visita na sexta-feira, às 20h15, o Paços de Ferreira, que se encontra uma posição acima, em igualdade pontual, para a 11.ª ronda da I Liga de futebol, num encontro com arbitragem de André Narciso, da Associação de Futebol de Setúbal.