A Polícia cabo-verdiana anunciou esta sexta-feira a apreensão de 2.550 munições nos armazéns da alfândega, na cidade da Praia, provenientes de Portugal, elevando para mais de 4.600 projéteis apreendidos nas mesmas instalações em menos de dois meses.

O Comando da Secção Fiscal da Praia informou em comunicado que a apreensão das munições de calibre 12 milímetros aconteceu na quinta-feira, nos armazéns A e B da Enapor, empresa que gere os portos cabo-verdianos, em Achada Grande Trás.

Numa operação conjunta com Guarda Fiscal e a Alfândega da Praia, a mesma fonte avançou que o material apreendido era proveniente de Portugal e que foi encontrado no interior de dois bidões, cujos destinatários são pessoas diferentes.

A polícia cabo-verdiana informou ainda que na segunda-feira apreendeu uma arma de fogo e 337 munições de calibres diversos no armazém B da ENAPOR, provenientes da Holanda.

Em 1 de setembro, a mesma força cabo-verdiana deu conta da apreensão de 1.750 munições de caça na Alfândega da Praia, provenientes de França, quatro dias após ter confiscado 400 projéteis embarcados dos Estados Unidos.

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Desde 2020 que o país conta com um novo processo de desalfandegamento de pequenas mercadorias, um investimento em scanners, para fazer com que o despacho aduaneiro seja mais ágil, mais transparente e mais seguro.

Os aparelhos de análise de imagem permitem o controlo da entrada de mercadorias ilícitas e perigosas no país, nomeadamente armas e munições e drogas.

Em 21 de julho, a PN informou que apreendeu mais de 5.000 armas em um ano e meio só em Santiago Sul, numa região que abarca os concelhos da Praia, Ribeira Grande e São Domingos, e destruiu 1.000 já com processo transitado em julgado, sendo 400 de fabrico artesanal e 600 de armas brancas.

No que diz respeito às munições, as apreensões continuam a acontecer no país, mas os dados apontam para uma ligeira diminuição, graças ao controlo das fronteiras aéreas e marítimas.

“Há uma nova classificação por forma a se abranger e penalizar também de uma forma mais forte quem fabrica essas armas, o mesmo se diz também em relação à importação, particularmente das munições”, avisou na altura o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.