Na receção à Atalanta, a Roma foi melhor, esmagou muitas vezes o adversário, teve várias oportunidades para marcar, acabou por perder pela margem mínima. Depois, na sequência da conjugação dos resultados dessa e da jornada seguinte, acabou mesmo por cair dos lugares de acesso à Champions da Serie A. Já na receção ao Nápoles, a Roma nunca conseguiu ser melhor, ainda equilibrou o encontro no primeiro tempo sem fazer o mesmo no segundo, sofreu nos dez minutos finais, acabou por perder pela margem mínima. No entanto, e pela conjugação de resultados, uma vitória diante do Verona colocaria de novo a formação de José Mourinho de novo na quarta posição – e logo na antecâmara do dérbi romano com a Lazio.
A primeira reação a esse desaire com o líder A foi positiva, com um triunfo na Finlândia frente ao HJK a jogar num relvado sintético muito criticado pelo técnico. Nada ficou decidido mas a Roma ganhou essa possibilidade de depender apenas de si para passar a fase de grupos da Liga Europa na segunda posição e Mourinho conseguiu mais um recorde, tornando-se o treinador com mais vitórias em jogos europeus à frente de Alex Ferguson (Aberdeen e Manchester United) num total de 107 sucessos por FC Porto, Chelsea, Inter, Real Madrid, Manchester United, Tottenham e Roma. Antes dessa “final” com o Ludogorets seguia-se a deslocação a Verona depois de três vitórias seguidas fora na Serie A.
Desta vez, nem o sintético parou Mourinho: Roma vence HJK e vai decidir apuramento na última jornada
“Depois da derrota com o Nápoles houve uma natural tristeza e frustração mas seguimos para Helsínquia, não podíamos perder e conseguimos o resultado desejado. O histórico de lesões não acaba, agora temos de fora o Spinazzola mas foi como sempre disse, temos que sobreviver até dia 13 de novembro. A seguir na Liga Europa, a não deixar fugir o grupo das principais equipas da Serie A. Precisamos de pontos. Claro que ter todas as opções com tantos jogos era melhor mas até essa data de 13 novembro [n.d.r. altura da paragem para o Mundial] temos de marcar o máximo de pontos”, reforçou o treinador à DAZN.
Não são muitas as equipas a quem José Mourinho nunca ganhou entre a passagem de dois anos pelo Inter (2008-2010) e a chegada a Roma (2021). Havia o Bari, com dois empates noutros tantos jogos, o Veneza, com uma igualdade e uma derrota, e o próprio Verona, que estava na Serie B quando o português passou por Milão e na época passada ganhara por 3-2 no Marcantonio Bentegodi e empatara a dois no Olímpico. Agora, a malapata terminou. E o triunfo por 2-1 conseguido nos minutos finais do jogo colocou a equipa romana de novo nos lugares de acesso à Champions com mais um ponto do que Lazio e Inter.
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— J (@MourinhoPics) October 31, 2022
O jogo começou numa toada morna, quase a dar tempo para as muitas pessoas que foram entrando de forma mais tardia para ocuparem os seus lugares, mas teve depois dez minutos a todo o gás com hipóteses de golo nas duas balizas. Começou o Verona a ameaçar, com Hongla a ver um remate de meia distância a desviar em Smalling e quase enganar Rui Patrício (16′) e Tammy Abraham a fazer o mais difícil em duas ocasiões, primeiro a ser lançado por Karsdorp, a passar o guarda-redes mas a falhar de baliza aberta (19′) e depois a desviar de cabeça ao lado na pequena área após mais um cruzamento de Karsdorp (21′). Mourinho não queria acreditar nos falhanços e pior ficou nos minutos seguintes, com Miguel Veloso a marcar um canto para a entrada da área e Dawidowicz, central que passou pelo Benfica B, a desviar na área o remate de longe para o 1-0 (27′). A Roma que podia estar na frente encontrava-se em desvantagem.
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No entanto, e ainda antes do intervalo, as características do encontro acabariam por mudar, com o mesmo central polaco a ter uma entrada muito dura sobre Zaniolo de sola e a ver o vermelho direto após indicação do VAR (36′). A perder, os romanos teriam a partir daí outras condições para colocarem mais unidades na frente em busca do empate e uma recuperação de bola de Camara originou a jogada do 1-1, com Abraham mais uma vez a ter demasiada pontaria no poste mas Zaniolo a marcar na recarga (45+2′).
Inizia ora il secondo tempo.
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Mourinho queria mais e foi por isso que lançou ao intervalo El Shaarawy no lugar de Cristante. Pouco ou nada mud0u. E como um azar nunca vem só, também Zaniolo teve um problema físico que levou a que pedisse para ser substituído, entrando Belotti com Volpato no lugar de Zalewski. Os minutos ainda passando, o Verona quase não existia em termos ofensivos mas também a Roma sentia dificuldades acima do previsto para criar oportunidades para a reviravolta. E nem de bola parada o empate era desfeito, com Montipo a defender bem um livre de Pellegrini e Matic a acertar na trave num canto (82′). No entanto, no final, uma grande jogada de Matic na esquerda com assistência para a entrada da área permitiu o remate vitorioso de Volpato que colocou os 3.000 adeptos romanos em completo delírio (88′) antes de El Shaarawy, após assistência do mesmo Voltpato, sentenciar o 3-1 final no segundo minuto de descontos.
TRIPLICE FISCHIO! TRE PUNTI!
Dopo il pareggio di Zaniolo nel primo tempo, vinciamo con i gol di Volpato ed El Shaarawy nella ripresa!
DAJE ROMA DAJE! ????❤️#VeronaRoma pic.twitter.com/6x9lFwUHch
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