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Hot Clube de Portugal encerrado por decisão da Câmara Municipal de Lisboa

Este artigo tem mais de 1 ano

Clube de jazz mais antigo da Europa está encerrado a partir desta quarta-feira. Em comunicado, o Hot Clube esclarece que o encerramento se deve "a questões estruturais do edifício".

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ANTÓNIO COTRIM/LUSA

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Hot Clube de Portugal, o clube de jazz mais antigo da Europa, vai fechar já a partir desta quarta-feira. O anúncio foi feito pela gerência do mítico espaço lisboeta nas redes sociais. Em comunicado, o Hot Clube esclarece que o encerramento foi feito “por ordem da Câmara Municipal de Lisboa” e se deve a “questões estruturais do edifício” localizado na Praça da Alegria.

Contactado pelo Observador, o Hot Clube de Portugal adiantou que a decisão da câmara foi tomada após a realização de uma inspeção ao edifício. A programação prevista foi adiada indefinidamente e será reagendada em data a anunciar.

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À agência Lusa, a presidente do HCP, Inês Homem Cunha, acrescentou que está prevista uma reunião com a câmara na próxima sexta-feira. “A Câmara de Lisboa fez uma inspeção ao Hot Clube, aqui há umas semanas, depois regressou há uma semana, e agora comunicou-nos que o edifício tem danos estruturais, que está em perigo e portanto não pode funcionar”, disse, sublinhando que o clube acatou “de imediato” a decisão.

Em resposta à Lusa por escrito, a Câmara Municipal de Lisboa disse que “o próprio exercício da atividade inerente ao clube de jazz, e a sua programação, pode colocar em causa a estabilidade das estruturas”.

“O edifício onde estava instalado o Hot Club de Portugal apresenta danos estruturais, pelo que a Câmara Municipal de Lisboa, após inspeção, avaliação de riscos, e garante de condições de segurança, comunicou o seu encerramento, acatado de imediato pela instituição”, pode ler-se na mesma resposta da edilidade da capital.

Num comunicado enviado às redações, o vereador municipal do Livre, Rui Tavares, pediu esclarecimentos ao executivo camarário. Lembrando as mais de sete décadas de história do emblemático espaço, o vereador defendeu que “urge pois garantir que o encerramento do edifício não põe em causa a continuidade do Hot Clube de Portugal”.

O clube fundado por Luís Villas-Boas em 1948 ficou totalmente destruído em 2009 na sequência de um incêndio, tendo reaberto ao público dois anos depois, em 2011.

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