O projeto do metrobus do Porto, entre a Rotunda da Boavista e a Praça do Império, vai ser apresentado na segunda-feira, devendo as obras começar ainda durante a próxima semana, disse este domingo fonte da Metro do Porto à Lusa.
“A construção da primeira linha do metrobus do Porto, entre a Rotunda da Boavista e a Praça do Império vai ser apresentada na segunda-feira, dia 30, e terá início ainda na próxima semana, com o arranque da intervenção no terreno e com a abertura da primeira frente de obra na Avenida da Boavista, no Porto”, adiantou fonte oficial da Metro do Porto à agência Lusa.
De acordo com a mesma fonte, quer o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, quer o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, “vão estar juntos no lançamento do projeto, um investimento de 66 milhões de euros totalmente financiado a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.
“A obra do ‘metrobus’, que para além da ligação Boavista – Império, integra também a Linha Boavista – Anémona, em Matosinhos, será executada em 2023 e 2024, ano em que o novo modo de transporte entrará em operação comercial”, refere a mesma fonte.
O Bus Rapid Transit (BRT, vulgo ‘metrobus’ do Porto) será um autocarro a hidrogénio verde que circulará em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa, com serviço operado pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
No âmbito do projeto, a Metro do Porto já lançou, em dezembro, um concurso público de 23,5 milhões de euros para adquirir 12 autocarros para o serviço, segundo documentos consultados pela Lusa, esperando que o primeiro chegue no primeiro trimestre de 2024.
O procedimento engloba ainda o “projeto, fornecimento e colocação em serviço” da “estação de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogénio verde para abastecimento dos veículos BRT […] e venda a terceiros”, na estação de recolha da STCP na Areosa.
Também se incluem as “instalações de produção fotovoltaica de energia elétrica de fonte renovável para o processo de produção de hidrogénio verde”, nas recolhas da Areosa, Francos e Via Norte.
Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço do ‘metrobus’, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).
Na cidade do Porto, a cargo da Metro decorrem atualmente as obras da Linha Rosa (G), que ligará as estações de São Bento e Casa da Música, com data prevista de conclusão em dezembro de 2024.
Em Vila Nova de Gaia, decorre também a expansão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d’Este, com conclusão prevista para o final do ano.
Está ainda previsto o lançamento do concurso público para a construção da Linha Rubi (H), entre Santo Ovídio (Gaia) e Casa da Música (Porto), no dia 17 de março, um procedimento que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro.