O serviço do metrobus do Porto, apresentado esta segunda-feira, ligará a Casa da Música à Praça do Império em 12 minutos e à rotunda da Anémona em 17, estando o final das obras previsto para junho de 2024.
A ligação Boavista – Império vai demorar apenas 12 minutos e a viagem entre a Boavista e a Anémona terá uma duração de 17 minutos”, pode ler-se no folheto de apresentação do projeto distribuído esta segunda-feira aos jornalistas.
Na cerimónia de apresentação, na Casa da Música, da empreitada que arranca esta semana, estiveram presentes o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, e da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.
O metrobus é um serviço de autocarros a hidrogénio que circulará em canal dedicado na Avenida da Boavista e em conjunto com o restante tráfego na Marechal Gomes da Costa, sendo um projeto de 66 milhões de euros totalmente financiado a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Tiago Braga disse que o alargamento do ‘metrobus’ à Anémona (Praça Cidade do Salvador), em Matosinhos, vai representar “um aumento de cerca de 10 mil validações médias diárias anuais” face ao projeto original, que previa apenas ligação ao Império, admitindo alguma “canibalização” de procura à Linha Azul (A).
Quanto ao faseamento da obra, Tiago Braga explicou que a empreitada terá duas fases, uma respeitante ao trajeto Casa da Música – Império e outro ao destino Anémona.
Dentro de cada uma das fases, é dividida em várias sequências, no sentido de mitigar aquilo que são os efeitos de ocupação de um canal rodoviário de muita procura e fundamental para a cidade”, a Avenida da Boavista, referiu.
Quanto à primeira fase, apresentada esta segunda-feira, serão “cerca de 12 meses e terminará, tudo indica, em fevereiro” de 2024, e a segunda fase “irá até junho de 2024”, com concurso público para sua construção a ser lançado durante este trimestre, disse Tiago Braga.
O objetivo da Metro do Porto e da obra a cargo do consórcio ACA e Alves Ribeiro será garantir, “nomeadamente na Avenida da Boavista, que haja sempre duas faixas de rodagem em cada sentido” ao longo do processo construtivo.
Entre as principais novidades face ao que já tinha sido apresentado noutras ocasiões está a introdução de uma microrrotunda em frente à Casa da Música, necessária para que o autocarro a hidrogénio do metrobus faça a mudança de sentido em 30 segundos.
Outra das soluções encontradas foi deixar cair a intenção de fazer uma rotunda entre as avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, numa solução que, ainda assim, vai obrigar à deslocalização do Monumento ao Empresário.
Também presente na sessão, Rui Moreira disse que a obra do Metrobus “merece a anuência do município”.
Para nós, a resolução rápida da mobilidade na zona ocidental da cidade era absolutamente imperiosa”, afirmou, considerando que as soluções apresentadas “resolvem um dos grandes problemas que a cidade tem”, salientando ainda como “absolutamente fundamental” a ligação a Matosinhos sul.
Quanto às obras, afirmou que as pessoas “têm de compreender que, da mesma maneira que as obras da Linha Rosa causam constangimentos”, as do Metrobus também irão causar.
“Nós vamos verificar que as obras demorem menos tempo possível. Sabemos que a Metro também quer. Mas vamos ser bastante escrupulosos nessa matéria”, garantiu.
Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço do ‘metrobus’, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Anémona.