A PSP está a realizar esta semana uma ação de fiscalização rodoviária visando condutores de velocípedes e veículos equiparados (trotinetes) que não respeitem as regras de circulação na via pública na Área Metropolitana de Lisboa.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP informou que, na sequência de uma política de segurança rodoviária “eficaz e preventiva” que visa a “diminuição de infrações e, consequentemente, a redução no número de acidentes rodoviários“, iniciou na segunda-feira uma ação de fiscalização que irá levar a cabo até domingo.

De acordo com a polícia, a circulação deste tipo de veículos “é equiparada às dos restantes na via pública“, mas a autoridade de segurança aconselha a que, sempre que existam pistas especiais reservadas à circulação de meios de mobilidade suave, sejam utilizadas, uma vez que “proporcionam uma maior segurança aos seus utilizadores”.

De referir que esta incidência de fiscalização apenas implica uma especial atenção à circulação deste tipo de veículos, no entanto, esta polícia não deixará de proceder em conformidade com qualquer outra infração detetada”, lê-se na nota.

Segundo uma resposta enviada à Lusa, a PSP deteve, durante 2022, na cidade de Lisboa, seis cidadãos por condução de trotinetes em estado de embriaguez.

Em relação à sinistralidade, fonte do Cometlis refere que “tem ocorrido um aumento de acidentes e feridos deles resultantes” desde 2018, não sendo, no entanto, o ano de 2020 demonstrativo, tendo em conta os confinamentos obrigatórios que ocorreram durante a pandemia.

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Desta forma, em 2022 registaram-se 96 acidentes, que resultaram em 90 feridos ligeiros, o dobro dos registados em 2021 (48), que fizeram 44 feridos ligeiros.

Em 2018, o Cometlis tem registo de cinco acidentes na cidade de Lisboa, com cinco feridos ligeiros, subindo para 43 em 2019 (36 feridos ligeiros) e apenas 12 acidentes em 2020, com nove feridos ligeiros.

Em 17 de janeiro, o presidente do INEM dava conta que os feridos de acidentes envolvendo trotinetes, bicicletas e skates transportados por aquele instituto quase que triplicaram em quatro anos, totalizando 6.280, e alertou para as lesões, que podem ser “muito graves ou mesmo fatais”.

Os acidentes envolvendo bicicletas, trotinetes e skates têm vindo a aumentar, particularmente a nível dos grandes centros urbanos”, realçou Luís Meira.

Ressalvando que há dificuldade em obter dados fidedignos sobre a sinistralidade da designada mobilidade suave, Luís Meira precisou que um em cada três feridos é grave.

Sobre os utilizadores de trotinetes, os acidentes a nível nacional aumentaram 78% no ano passado em relação a 2021, quando se registaram 946, voltando a descer em 2020 (367), enquanto em 2019 o INEM registou 577 feridos.