Rei morto, rei posto, uma nova esperança para um outrora príncipe que se tornou rei mas entretanto tinha perdido a coroa. Depois de uma longa caminhada como indiscutível da seleção de Espanha, Sergio Ramos fez um encontro de classificação frente ao Kosovo em março de 2021 e não mais voltara a ser opção. O calvário de lesões no arranque da aventura no PSG também não ajudou mas nem mesmo quando se tornou opção no campeão francês a realidade mudou, ficando de fora do último Mundial do Qatar. Agora, com a saída de Luis Enrique e a promoção de Luis de la Fuente, o central tinha esperança de poder voltar onde esteve sempre ao longo de uma década. Afinal, ficou tão ou mais riscado do que estava. E decidiu renunciar à Roja.
Seguiré animando a mi país desde casa con la emoción del privilegiado que ha podido representarlo orgulloso 180 veces. ¡Gracias de corazón a todos los que siempre creísteis en mí! ❤️????❤️ pic.twitter.com/KzVldPhiqo
— Sergio Ramos (@SergioRamos) February 23, 2023
“Chegou a hora, a hora de dizer adeus à seleção, à nossa querida e emocionante Roja. Na manhã de hoje [quinta-feira] recebi uma chamada do atual selecionador, que me comunicou que não conta nem vai contar comigo, independentemente do nível que possa mostrar ou de como prossiga a minha carreira desportiva. Com muito pesar, é o final de um caminho que esperava que fosse mais longo e que terminasse com melhor sabor de boca, à altura de todos os êxitos que temos conquistado com a nossa Roja”, começou por apontar Sergio Ramos, de 36 anos, apontando o dedo a de la Fuente pela decisão agora revelada.
Gracias por todo !! Eres una leyenda querido @SergioRamos !! ???????????? pic.twitter.com/oegPmenybB
— Iker Casillas (@IkerCasillas) February 23, 2023
“Humildemente, creio que esta trajetória merecia terminar por uma decisão pessoal ou porque o meu rendimento não estava à altura do que merece a nossa seleção e não por uma questão de idade ou outras razões que, sem ter ouvido, senti. Porque ser jovem ou menos jovem não é uma virtude ou um defeito, é apenas uma característica temporal que necessariamente não está relacionada com o rendimento ou com a capacidade. Olho com admiração e inveja para Modric, para Messi, para Pepe… A essência, a tradição, os valores, a meritocracia e a justiça no futebol”, prosseguiu o central explicando a decisão.
A true @SEFutbol legend ????
Congratulations on a sensational international career @SergioRamos ???????? pic.twitter.com/YRxFkesS9G
— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) February 23, 2023
“Lamentavelmente não será assim para mim porque o futebol nem sempre é justo e o futebol nunca é apenas futebol. Por tudo isso assumo esta tristeza que partilho com todos vós mas também de cabeça levantada e muito agradecido por todos estes anos e por todo o vosso apoio. Levo recordações impossíveis de apagar, todos os títulos pelos quais lutámos e celebrámos juntos e o tremendo orgulho de ser o jogador espanhol com mais internacionalizações. Este escudo, esta camisola e estes adeptos, todos vós, fizeram-me muito feliz. Continuarei a dar ânimo ao meu país desde casa com a emoção do privilegiado que pude ser por ter representado 180 vezes a seleção. Obrigado a todos vós que sempre acreditaram em mim”, concluiu.
???????? 180 caps too ????????
Congrats, @SergioRamos ???? pic.twitter.com/ylZvQXikol
— UEFA EURO 2024 (@EURO2024) February 23, 2023
De recordar que Sergio Ramos participou em sete fases finais de Mundiais e Europeus, sendo campeão do mundo em 2010 e campeão europeu em 2008 e 2012. O central marcou 23 golos em 180 jogos pela Roja, tendo ainda um segundo e um terceiro lugares na Taça das Confederações em 2013 e 2009.
Spain's most-capped player, Sergio Ramos, had a fantastic international career full of iconic moments and achievements ???????????? pic.twitter.com/uKt5tEgvBj
— FOX Soccer (@FOXSoccer) February 23, 2023