O grupo Mota-Engil obteve um lucro de 41 milhões de euros em 2022, um aumento de 69% face ao período homólogo, segundo os resultados da empresa divulgados esta quarta-feira.

Os resultados de 2022 foram influenciados por um período marcado pelo crescimento de 47% da atividade “para um patamar inédito de faturação de 3,8 mil milhões de euros, valor previsto de ser alcançado no Plano Estratégico em vigor apenas em 2026”.

“Os contratos recentemente adjudicados e que se iniciaram este ano tornaram possível antecipar o objetivo, num registo que foi fortemente impactado pelo crescimento de 69% registado no segundo semestre do ano”, explica a Mota-Engil, empresa a quem foi adjudicada a construção do altar-parque para as Jornada Mundial da Juventude.

O valor de EBITDA (lucros antes de impostos, taxas e amortizações) foi de 541 milhões de euros, superando pela primeira vez o marco de 500 milhões de euros, refere a construtora.

O “cash-flow” proveniente das operações aumentou 47% em termos homólogos para 608 milhões de euros, o que, segundo o grupo, “contribuiu decisivamente para a redução de 17% da dívida líquida (-186 milhões de euros), que se situava em dezembro em 939 milhões de euros”.

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O grupo apresentou no final de 2022 “uma melhoria do rácio de Dívida Líquida / EBITDA para 1,7x, objetivo previsto de ser alcançado em 2026 numa trajetória que se pretende de evolução contínua para um crescimento que se pretende gradual e sustentável conforme os objetivos estabelecidos para 2026″, indica a empresa.

A empresa destaca ainda que em 2022 registou “o melhor desempenho comercial da sua história, ao atingir níveis recorde de angariação comercial“, com destaque para México e Angola, atingindo 12,6 mil milhões na carteira de encomendas, mais do dobro face a 2020.

Por área de negócio, o grupo realça o crescimento anual de 57% no negócio de engenharia e construção, impactado pelo crescimento em África e América Latina.

Ao nível financeiro, o grupo Mota-Engil concretizou o seu plano de investimentos (CAPEX) com 351 milhões de euros, tendo reduzido a dívida líquida para 939 milhões, o menor valor consolidado nos últimos cinco anos.