Primeiro, a Supertaça do Brasil. Logo a seguir, o Mundial de Clubes. Não muito depois, a Supertaça Sul-Americana. Por fim, a Taça Guanabara. Se a mudança de Vítor Pereira do Corinthians para o Flamengo não tinha sido a mais pacífica, o arranque de aventura do português no Rio de Janeiro deixou desde cedo a ideia de que poderia haver uma alteração precoce no comando técnico da equipa. Tentando passar ao lado de todo o ruído, o português foi mantendo o seu caminho. Um caminho que está mais perto da bonança.

Um milagre que veio só: Flamengo de Vítor Pereira marca aos 90+6′ mas perde a terceira decisão num mês (agora a Supertaça Sul-Americana)

Num encontro marcado pela condição de suplente da dupla Gabriel Barbosa e Éverton Ribeiro, titulares indiscutíveis da equipa nos últimos anos, o Flamengo ganhou vantagem frente ao Fluminense na primeira mão da final do Campeonato Carioca, vencendo por 2-0 com golos de dois antigos jogadores dos tricolores: Ayrton Lucas (51′) e Pedro (70′). Já com o resultado final definido, o Flu ficou ainda reduzido a dez unidades por expulsão de Samuel Xavier, o que complicou ainda mais a tentativa de resposta à desvantagem.

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“Frio na barriga por estar perto do título? Frio na barriga é fome ou problema no intestino. Estamos mais preparados, naturalmente temos que evoluir. Os jogadores estão alinhados, não só os 11 que iniciaram hoje o jogo mas toda a gente está alinhada. Passado esse período de entendimento do que o treinador quer e o que os jogadores podem dar, vamos continuar a evoluir. Estou satisfeito, não só com os 11, mas com todo o grupo porque eles tem trabalhado muito e focados”, comentou o técnico após o triunfo no Maracanã.

“Saber sofrer? Para mim não é sofrimento, é gestão, é saber gerir os momentos do jogo. Jogar com bola, jogar sem bola. Sabemos que o Fluminense tem essa tendência de ficar sem bola. Sabíamos que haveria um momento de que precisaríamos gerir, ficar sem bola e saber o momento de acelerar. No primeiro tempo, falhámos por algumas decisões tomadas, o que faz parte. Na segunda parte, tudo foi gerido de outra forma. Não tem a ver com o sistema mas com os jogadores que interpretam, as características dos jogadores que estão em campo”, acrescentou ainda o técnico português depois do triunfo do Flamengo.

“Tivemos antes 20 minutos em que nos faltou sair melhor com a bola, permitimos que o adversário nos empurrasse para trás. As jogadas finalizadas pelo Fluminense foram quase todas em fora de jogo. A linha defensiva comportou-se muito bem, faltando maior tranquilidade e fluidez em termos de saída de bola. Quando apostámos em jogadores mais verticais, não tínhamos tantos jogadores por dentro. No segundo tempo, tivemos jogadores para trabalhar a bola por dentro. O segundo golo é o que trabalhamos nos últimos 15 dias, a saber jogar com a bola e a procurar os espaços. Foi um golo bonito”, concluiu.

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