O Rali de Portugal deverá manter-se no calendário do Mundial, pelo menos até 2025, revelou esta terça-feira o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), durante a apresentação da edição deste ano, marcada pelo regresso à Figueira da Foz.
“Vamos assinar, muito em breve [o contrato para a continuidade da prova no Campeonato do Mundo (WRC)], por mais dois anos, além deste”, disse Carlos Barbosa, para quem “é quase impensável fazer um Mundial sem a presença de Portugal como uma das provas europeias”.
Para que essa condição se mantenha, é importante continuar a apostar na sustentabilidade ambiental — que já foi reconhecida pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) – e, principalmente, na segurança, tanto dos participantes, como dos espetadores.
“A segurança, para nós, é fundamental e é por isso que gastamos o dinheiro que gastamos, porque, ao mínimo descuido de segurança, perdemos o rali e, neste momento, há vários países europeus que querem entrar no Mundial. Precisamos que o público perceba isso”, advertiu Carlos Barbosa.
A nível competitivo, os organizadores da prova não têm dúvidas. O Rali de Portugal beneficia “das melhores especiais do mundo” e de “um público espetacular”, que fará da corrida, quinta etapa do campeonato de 2023, entre 11 e 14 de maio, “um grande sucesso”.
Para Carlos Barbosa, a adesão dos pilotos é demonstrativa das virtudes do Rali de Portugal: “Em média, os ralis do Campeonato do Mundo têm cerca de 40 a 45 automóveis. Nós, no ano passado, tivemos 90 e este ano acho que ainda vamos chegar a esse número”, observou Carlos Barbosa.
A 56.ª edição da prova começa a disputar-se no centro do país, na sexta-feira, 12 de maio, com passagens duplas pelos troços em Lousã (12,03 km), Góis (19,33), Arganil (18,72) e Mortágua (18,15), antes da estreia da superespecial na Figueira da Foz.
“Voltar à Figueira da Foz é muito importante, pois fazia parte da tradição do velho Rali de Portugal. Vamos ter também uma nova especial em Paredes (…) e troços ao contrário [sentido inverso], para os pilotos não pensarem que já vêm treinados do ano passado e, com isso, criar-lhes algumas dificuldades”, assinalou o presidente do ACP.
No sábado, 13 de maio, o rali encaminha-se para norte e às classificativas em Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24), Felgueiras (8,91) e à superespecial em Lousada, decidindo-se no domingo, 14 de maio, após as passagens por Paredes (15 km), Fafe (11,8) e Cabeceiras de Basto (22,23), num total de 1.636,25 quilómetros, 329,06 cronometrados.
Carlos Barbosa destacou também a importância do rali para a economia nacional e regional, para a qual contribuiu em 153,7 milhões de euros (ME) no ano passado, um acréscimo de 8,9% relativamente à edição de 2019, a última realizada sem os constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19.
Rali de Portugal disputa-se em maio e integra Mundial pela 15.ª vez consecutiva