O início do julgamento de Mamadou Ba, ativista antirracista, acusado de difamação, estava marcado para esta quarta-feira, mas foi adiado. Em causa está a greve dos funcionários judiciais, que iniciaram esta quarta-feira mais uma greve e, por isso, estão a ser realizadas apenas as diligências consideradas urgentes. Nova sessão marcada para 3 de maio.

Van Dunem defende Mamadou Ba em tribunal em caso contra Mário Machado

Esta paralisação, marcada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais, decorre durante 10 dias — até 5 de maio — e, desta vez, em formato clássico. Ou seja, os trabalhadores que quiserem fazer greve não se apresentam nos respetivos locais de trabalho, ao contrário daquilo que aconteceu na greve anterior, em que os funcionários judiciais estavam nos tribunais, mas realizavam apenas algumas diligências.

O caso que deveria ter começado a ser julgado esta quarta-feira aconteceu em 2020, quando Mamadou Ba escreveu nas redes sociais que Mário Machado foi “uma das figuras principais do assassinato de Alcindo Monteiro”, jovem cabo-verdiano que morreu no Bairro Alto, em Lisboa, no dia 10 de junho de 1995.

A defesa de Mamadou Ba chamou Francisca Van Dunem para testemunhar neste julgamento e a antiga ministra da Justiça já fez chegar o seu testemunho ao tribunal, avançou o Público durante o fim de semana. “É um cidadão honesto e empenhado”, “um homem comprometido com a sua causa, que defende à outrance“. Além de Francisca Van Dunem, a defesa chamou também Ana Gomes, o ex-líder do BE Francisco Louça, o sociólogo Boaventura Sousa Santos, o deputado do livre Rui Tavares, e os jornalistas Daniel Oliveira, Diana Andringa e Paulo Pena.

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