Países Baixos e Itália disputavam o jogo que ninguém quer jogar e procuravam o lugar mais ingrato de qualquer competição. No De Grolsch Veste, em Twente, as duas equipas eliminadas nas meias-finais da Liga das Nações perseguiam um terceiro lugar que não amenizava a desilusão da ausência da final mas era quase o menor dos males.

2018 ligou e devolveu uma equipa: Croácia vence Países Baixos no prolongamento e está na final da Liga das Nações

Depois de perderem com a Croácia no prolongamento, os neerlandeses tentavam conquistar pelo menos uma medalha de bronze em casa, sendo que pelo meio falharam o objetivo de repetir o feito de Portugal em 2019 e não conseguiram vencer a Liga das Nações em casa. “Não vamos para lá a pensar nas férias de verão, queremos terminar a Liga das Nações em grande estilo. Vamos fazer um jogo sério”, disse Ronald Koeman na antevisão da partida.

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Três internacionalizações, três golos, uma final: Joselu entrou e em cinco minutos despachou a Itália

Já os italianos, depois de perderem com Espanha graças a um golo de Joselu nos instantes finais, tentavam conquistar pelo menos uma medalha de bronze nos Países Baixos, sendo que pelo meio também falharam o objetivo de repetir o feito de Portugal em 2019 e não conseguiram ser os campeões em título do Campeonato da Europa e da Liga das Nações em simultâneo. “Na primeira parte contra Espanha jogámos bem, mas na segunda parte não estivemos tão bem fisicamente. É um encontro internacional contra uma equipa forte e teremos de jogar bem e tentar vencer, mesmo que não esteja um troféu em jogo”, explicou Roberto Mancini antes do encontro deste domingo.

Koeman fazia apenas uma alteração face ao onze inicial que defrontou a Croácia, trocando Koopmeiners por Noa Lang no trio que apoiava diretamente Gakpo, recompensando o avançado do Club Brugge pela boa entrada nos últimos instantes da meia-final. Já Mancini mudava o sistema tático, deixando o 5x3x2 para adotar o 4x3x3, e fazia várias mudanças promovendo a titularidade de Raspadori, Retegui, Gnonto ou Frattesi.

Dimarco abriu o marcador ainda nos instantes iniciais, com um grande pontapé cruzado de primeira já dentro da grande área (6′), e prolongou o grande nível exibicional que já tinha ficado notório na final da Liga dos Campeões pelo Inter Milão. Frattesi aumentou a vantagem italiana ainda na primeira parte, aparecendo na cara de Bijlow depois de um remate de Gnonto que saiu prensado (20), e os Países Baixos foram para o intervalo a perder por dois golos de diferença.

Koeman lançou Weghorst, Wijnaldum e Bergwijn ao intervalo e os neerlandeses voltaram melhor para a segunda parte, construindo várias oportunidades e encostando Itália às cordas, relançando por completo o destino da partida. Bergwijn reduziu a desvantagem já nos últimos 25 minutos, ao tirar Dimarco da frente para depois atirar rasteiro para bater Donnarumma (68′), mas os italianos não queriam sequer sofrer. Menos de 10 minutos depois de entrar em campo, Chiesa conduziu um contra-ataque pela esquerda e rematou cruzado para aumentar os números no marcador (72′). Até ao fim, o VAR ainda anulou um golo de Weghorst por fora de jogo (82′) e Wijnaldum fechou as contas (89′).

Itália venceu os Países Baixos, que ficaram mesmo no último lugar da final four da Liga das Nações disputada em casa, e conquistou a medalha de bronze da competição de forma consecutiva, já que em 2021 também tinha ficado no 3.º lugar ao vencer a Bélgica depois de também perder com Espanha na meia-final.