O Presidente brasileiro, Lula da Silva, considerou esta terça-feira que a Amazónia não pode tornar-se “num santuário da humanidade”, mas deve ser preservada e local de promoção de investigação científica em benefício das comunidades e povos que nela habitam.
Num programa que transmite semanalmente ao vivo através das redes sociais – e que foi difundido a partir de Bruxelas, onde o chefe de Estado participa numa cimeira entre a União Europeia e a Comunidade de Estados da América Latina e Caraíbas – Luís Inácio Lula da Silva salientou que a Amazónia não deve ser “transformada num santuário da humanidade”, defendendo a necessidade de “apoiar a investigação científica para melhorar a vida dos que nela habitam“, como os indígenas, os pescadores e as comunidades ribeirinhas.
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O líder do Brasil acrescentou que, se for preservada, a floresta amazónica é mais benéfica, mas sublinhou que esta responsabilidade depende de todos.
Lula recordou que na Amazónia habitam cerca de 50 milhões de pessoas, 28 milhões das quais na parte brasileira da mais selva tropical do mundo.
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Na mesma intervenção, o chefe de Estado brasileiro defendeu também que o seu país não deve perder a oportunidade de ganhar aliados e investimento na área da transição energética.
O Presidente brasileiro destacou ainda, no seu discurso ao país, os avanços nacionais nas energias renováveis, como eólica e solar, e nas alternativas, como o biodiesel e o hidrogénio verde.
A oportunidade para o Brasil é extraordinária e não podemos perdê-la”, salientou.
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Sobre a Amazónia, Lula recordou quem em 7 e 8 de agosto decorre, na cidade brasileira de Belém, uma cimeira que reúne os líderes da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica (OTCA).
A Amazónia, que cobre boa parte do noroeste do Brasil e se estende aos outros sete países da América do Sul que integram, é a maior floresta tropical do mundo, famosa por sua biodiversidade.