A ideia tinha ficado acordada no momento em que Orkun Kökçü deixou o Feyenoord para assinar pelo Benfica: no fim de julho, os encarnados regressariam a Roterdão para defrontar os neerlandeses no jogo de apresentação aos sócios. Ou seja, este domingo, logo depois da derrota perante o Burnley e no último teste antes da Supertaça contra o FC Porto, o campeão Benfica visitava o campeão Feyenoord no De Kuip.

Roger Schmidt aproveitou a deslocação aos Países Baixos para falar pela primeira vez na nova temporada, avaliando os reforços que já chegaram e comentando a possível saída de alguns elementos do plantel, como Gonçalo Ramos. “O Kökçü já tentávamos há algum tempo, especialmente desde que perdemos o Enzo. Não foi possível vir em janeiro, mas estou feliz por ter decidido vir agora. Acho que é um passo perfeito para ele e mostrou na pré-época a sua qualidade, especialmente a ler o jogo. O Jurásek tem um perfil diferente do Grimaldo. O Di María decidiu regressar ao clube onde cresceu e isso é muito especial. Tinha várias opções e escolheu o Benfica”, começou por dizer o treinador alemão.

“O Ramos? Ainda há pontos de interrogação, mas se pudesse escolher, claro que o queria manter. Tenho de ser realista e estar preparado para o substituir, no caso de vir a sair. Não existem garantias até o mercado encerrar. Vendemos um jogador em janeiro por 120 milhões de euros. Comprámos alguns e tivemos de gastar dinheiro de maneira inteligente. É um bom balanço e tem sido uma boa janela de transferências para o Benfica. Por agora, estou muito contente”, acrescentou Schmidt.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Neste contexto e contra o Feyenoord, o Benfica apresentava-se com Alexander Bah na direita e Jurásek na esquerda, com Otamendi a estrear-se esta temporada ao lado de António Silva no eixo defensivo. Aursnes e Kökçü eram os donos do meio-campo, com Di María, João Mário e Rafa a surgirem no apoio a Gonçalo Ramos, e David Neres, Chiquinho, Florentino e o jovem João Neves eram naturalmente suplentes.

Ramos teve a primeira oportunidade do jogo, falhando um desvio na sequência de um cruzamento de Rafa (6′), mas acabou por ser o Feyenoord a abrir o marcador ainda no quarto de hora inicial e por intermédio de Igor Paixão (12′). Os neerlandeses aumentaram a vantagem ainda dentro da primeira meia-hora, com Giménez a ser melhor do que Otamendi na velocidade para depois bater Vlachodimos na grande área (34′), e o Benfica foi a perder para o intervalo.

Schmidt mexeu no início da segunda parte, lançando Morato, Ristic e Neres, mas a lógica não se alterou: aliás, foi o Feyenoord a ficar mais perto do golo, com Alireza a desperdiçar duas oportunidades ainda no quarto de hora inicial do segundo tempo. O treinador alemão voltou a fazer substituições a 20 minutos do fim, colocando Neves, Florentino e João Victor, e o Benfica beneficiou da melhor ocasião em todo o jogo quando Neres atirou na grande área para uma defesa importante de Bijlow (73′).

https://twitter.com/FootColic/status/1685678955360104448

Musa ainda reduziu a desvantagem nos últimos minutos, finalizando um cruzamento de Tiago Gouveia na direita (85′), mas o Benfica perdeu mesmo o último teste antes da Supertaça, demonstrando algumas fragilidades defensivas e uma ausência de clarividência ofensiva que é evidente (e alarmante) a pouco mais de uma semana do início oficial da temporada.