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Depois de ceder perante a Inglaterra, a Dinamarca chegava à última jornada do grupo D a precisar de vencer para não complicar o apuramento e, mesmo assim, não era seguro que as nórdicas seguissem em frente, precisando sempre de olhar para o que a China ia fazer no outro jogo.
“As jogadoras sabem que este é um jogo crucial, não preciso dizer ou repetir isso. O mais importante para nós é manter o foco no jogo e no que acontece dentro de campo. As jogadoras não podem pensar em mais nada, precisam de se concentrar no seu jogo. Vamos ver até onde isso nos leva”, lançou o selecionador da Dinamarca, Lars Sondergaard.
Para o Haiti a missão de chegar aos oitavos de final era bem mais complicada. A conjugação de fatores necessária era a Inglaterra vencer e o Haiti ganhar à Dinamarca por dois golos de diferença. “Contra a Dinamarca, só temos de fazer uma coisa, que é vencer. Precisamos de ser determinadas, combativas e estar conectadas entre nós. Temos que ter clareza em frente à baliza também. Foi o que nos faltou nas duas primeiras partidas, não concretizámos as nossas oportunidades”, analisou a defesa haitiana, Kethna Louis.
Para completar a hercúlea tarefa, Melchie Dumornay, mais conhecida por Coventina, estava de regresso à titularidade no Haiti. A Dinamarca entrou a marcar, mas o golo de Simone Sorensen foi anulado por fora de jogo. No entanto, o Haiti voltou a sofrer com os erros de sempre. Da mesma maneira que a seleção orientada pelo francês Nicolas Delépine perdeu os encontros anteriores devido a dois penáltis, também contra a Dinamarca, a equipa conhecida por Les Grenadières voltou a ceder um castigo máximo. Pernille Harder (21′) bateu a guarda-redes Kerly Théus e colocou as dinamarquesas em vantagem. A grande estrela da Dinamarca ainda viria a ter mais um golo anulado, o que podia ter comprometido o resultado final. Valeu que Sanne Troelsgaard (90+10′) alargou a vantagem, impedindo uma surpresa.
Composure: ????@dbulandshold | #FIFAWWC
— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) August 1, 2023
A pérola
- Pernille Harder foi a autora do golo 100 do Mundial. Terminado este dia, a competição leva já 42 jogos realizados e 107 golos marcados, numa média de 2,5 golos por jogo. Num momento em que se chegou a duvidar daquilo que a Dinamarca valia, apareceu a sua estrela maior.
???? @PernilleMHarder scores the 100th goal of #FIFAWWC 2023 from the spot!
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O joker
- A Dinamarca vencia por 1-0 quando Sanne Troelsgaard entrou. Apesar do empate até servir para as nórdicas seguirem em frente, o golo que a jogadora do Reading marcou foi a machadada final no encontro.
A sentença
- Em segundo lugar do grupo D, a Dinamarca acompanha a Inglaterra para os oitavos de final. A equipa nórdica vai jogar com a Austrália no primeiro jogo da fase a eliminar. O Haiti deixa o Mundial em que se estreou sem nenhum golo marcado.
A mentira
- É verdade que o segundo golo veio desequilibrar o resultado a favor da Dinamarca, mas o Haiti, até perto do final do jogo com as nórdicas, não tinha sofrido qualquer golo de bola corrida no Mundial, apenas da marca de grande penalidade. Quem sabe se a equipa de Nicolas Delépine não podia ter deixado uma imagem diferente se não tivesse cometido alguns erros dentro da área.