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A Alemanha, vice-campeã da Europa e duas vezes campeã do Mundo, sofreu uma hecatombe ao perder diante da Colômbia. Contra a Coreia do Sul, seleção que terminou a Taça da Ásia no segundo lugar, exigia-se à Mannschaft uma demonstração de força que impedisse o adeus à competição.

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“Precisamos de nos preparar muito bem e de nos concentrarmos totalmente no próximo desafio. É isso que faremos, como sempre. Depois, no campo tentaremos implementar o nosso plano de jogo, dominar o jogo, criar chances e ganhar a partida”, disse a selecionadora da germânica, Martina Voss-Tecklenburg. Enquanto que a Alemanha dependia apenas de si para seguir para os oitavos de final, a Coreia do Sul perdia-se em contas para avançar rumo à fase a eliminar da competição. No entanto, após duas derrotas, havia um requisito obrigatório: ganhar.

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“Queremos jogar sem arrependimentos. Li que as pessoas têm dito: ‘Como é que a Coreia vai vencer a Alemanha?’. Ainda temos hipótese de passar para a próxima fase. O nosso treinador disse-nos que nunca devemos desistir e que não devemos perder a esperança. Prometemos a nós mesmas que daremos tudo de nós”, referiu a internacional sul-coreana, Chun Ga-ram.

Era difícil imaginar a Alemanha virtualmente eliminada do Mundial. A verdade é que aconteceu. A Coreia do Sul começou por atirar uma bola ao poste logo no início do encontro. O que Casey Phair esteve perto de conseguir, Cho So-hyun (8′) concretizou mesmo. As asiáticas estavam na frente e as germânicas, com o empate que se verificava no Marrocos-Colômbia, estava fora dos oitavos de final.

As jogadoras de Martina Voss-Tecklenburg estiveram quase uma parte inteira a pensarem no que iam colocar na mala para casa até que Svenja Huth cruzou para Alexandra Popp (41′), de cabeça, fazer o empate. Definitivamente, este era uma partida que jogava em Brisbane, mas também em Perth, pois, quando regressou para a segunda parte, a Alemanha estava de novo eliminada. Os primeiros 45 minutos do Marrocos-Colômbia prolongaram-se e, mesmo antes do intervalo, as africanas marcaram o golo que as colocava em segundo, relegando a Alemanha para terceiro.

As germânicas tentavam dar tudo pelos três pontos. Popp marcou de cabeça, mas estava em posição irregular. De seguida, a jogadora mais adiantada da Alemanha cabeceou à barra. A Coreia do Sul nem por isso deixou de causar perigo e manteve em sentido as adversárias. Por muito que tenha tentado, a Alemanha não voltou a marcar, mantendo-se o empate a um até ao fim.

A pérola

  • A defesa-central sul-coreana Kim Hye-ri, longe de ter uma estampa física assinalável, bateu-se muito bem com o poderio atacante alemão, nomeadamente Alexandra Popp e Lina Magull. Quando não as superava no contacto, fazia-o junto à relva, demonstrando um timing de desarme acertado.

O joker

  • Casey Phair ficou a dois dias de alcançar um novo recorde. No jogo frente à Colômbia, a sul-coreana, na altura com 16 anos e 26 dias, tornou-se na jogadora mais jovem de sempre a jogar num Mundial. Frente à Alemanha, a jovem que também tem nacionalidade norte-americana, já com 16 anos e 35 dias, esteve perto de ser a jogadora mais jovem de sempre a ser titular na competição. No entanto, a nigeriana Ifeanyi Chiejine, em 1999, fê-lo com 16 anos e 34 dias.

A sentença

  • As duas seleções ficam pelo caminho. Pela primeira vez, a Alemanha falhou o acesso aos oitavos de final e deixa o Mundial ao terminar em terceiro no grupo H. A Coreia do Sul, apenas com um ponto, também está de regresso a casa.

A mentira

  • A Alemanha jogava com vários resultados para conseguir seguir para os oitavos. No entanto, tinha em jogo o estatuto de segunda seleção no ranking FIFA. As comandadas de Martina Voss-Tecklenburg precisavam de mostrar que a derrota com a Colômbia não tinha passado de um lapso num percurso que ainda ia a tempo de ter o mesmo sucesso que os anteriores. A Mannschaft não só não se impôs, como acabou com um desfecho catastrófico.