Bronze na sexta-feira, ouro no sábado, prata no domingo: Fernando Pimenta ficou no segundo lugar da final de K1 5.000 nos Mundiais de canoagem que estão a decorrer em Duisburgo, na Alemanha, e conquistou a terceira medalha na competição.

Um objetivo de vida com nova medalha na carreira: Pimenta sagra-se campeão mundial em K1 1.000 e apura-se para os Jogos de Paris

O canoísta português começou por controlar a prova de cerca de 20 minutos, assumindo a liderança do pelotão nos primeiros instantes, mas perdeu o primeiro lugar para o dinamarquês Mads Pedersen na segunda passagem por terra e não voltou a conseguir ultrapassar o atleta que se deslocou à Alemanha para participar nesta categoria de longo curso. Nico Paufler, da Alemanha, ficou com o bronze e fechou o pódio.

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De recordar que Fernando Pimenta já tinha conquistado uma medalha de ouro nestes Mundiais, em K1 1.000, garantindo o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris. “Estou extremamente feliz. É uma motivação extra. Não posso esquecer que acabei de carimbar o passaporte para Paris 2024 de forma espetacular. Não apenas pelo apuramento, mas com o título mundial, que é para dedicar a todos os portugueses que nos apoiam. Não digo que tenha sido a minha melhor regata de sempre, mas foi uma prova de superação”, disse o atleta do Benfica, que no dia anterior também tinha conquistado a medalha de bronze em K1 500.

Também este domingo, ainda de manhã, Portugal já tinha conquistado outro título mundial: a dupla formada por João Ribeiro e Messias Baptista venceu a final de K2 500, vingando o 5.º lugar do ano passado e garantindo também a presença nos Jogos Olímpicos do próximo ano.

Um final de sonho que acabou em lágrimas: Ribeiro e Messias fazem história e sagram-se campeões mundiais de K2 500

Depois da prova e em declarações à RTP3, Fernando Pimenta lembrou que estavam em prova alguns “especialistas” em longo curso. “Como viram, larguei de ponta, desgastei-me bastante para estar na frente na primeira rodagem e tentei sempre ir num ritmo forte. O dinamarquês é especialista [Mads Pedersen], tentei acompanhar. Ele fugia e eu apanhava, mas às tantas já estava com água dentro do caiaque e não quis arriscar, tinha medo de cair. Vem aí o Mundial de maratonas e vamos ganhar na casa dele [Dinamarca], para a desforra”, começou por dizer o canoísta.

“Tenho muita capacidade e resiliência. Em termos mentais e físicos sou dos mais fortes que existem à face da Terra. Não tenho medo de qualquer tipo de desafios. Se me dissessem, fazia 200 quilómetros de bicicleta hoje. Ou se me mandassem correr uma maratona, eu fazia. Não tenho limites, não tenho data de validade, estou cá para as curvas”, terminou.