Conseguiu recuperar para ganhar o primeiro set, teve uma escorregadela no segundo parcial que o deixou em clara inferioridade numérica, nem por isso desistiu mesmo perdendo frente a Francisco Cerundolo. Quando caiu na primeira ronda de Wimbledon, Nuno Borges passou ao lado daquela que poderia ter sido também a sua primeira vitória no quadro principal do Major de Londres mas mostrou de que fibra era feito – a fibra que faz com que se “aguentasse” no court quando alguns talvez preferissem desistir e não agravar a lesão. Agora, de regresso ao US Open, era nesse ponto que Nuno Borges gostava de poder voltar.
“O nível de ténis tem custado um pouco mais nos dois últimos torneios mas sinto que estou a jogar melhor. Sinto que a lesão está ultrapassada. Após uma lesão, às vezes, demora mais a voltar ao ritmo e à confiança do que propriamente à boa condição física”, admitia o tenista português ainda sobre o problema que teve no último Grand Slam, quando rompeu o ligamento do tornozelo direito frente ao argentino.
“Nos Grand Slams são sempre encontros difíceis e vou procurando as melhores sensações. Já conheço este torneio e vou tentar usar isso a meu favor. Ultrapassar esta primeira ronda já era um objetivo cumprido mas procuro acima de tudo voltar ao meu melhor nível. Gosto muito deste torneio e vou procurar memórias e sensações passadas para ajudar a dar o melhor aqui em Nova Iorque”, acrescentava o jogador que, ao invés de muitos outros jogadores do circuito, preferiu dar primazia à parte académica com a permanência na Universidade de Mississippi State (onde ganhou vários títulos universitários) antes de entrar no ATP.
US Open: Nuno Borges “muito feliz por ter entrado no ‘top 100′”
Depois do triunfo em 2022 frente a Ben Shelton na primeira ronda do US Open, naquele que foi o primeiro sucesso num Major da carreira, Nuno Borges, atual 79.º do ranking mundial, teria pela frente o austríaco Sebastian Ofner, 59.º da hierarquia do ATP. Agora, acabou mesmo por cair na ronda inaugural. E houve um ponto que fez toda a diferença no final, naquele que foi o regresso ao último Grand Slam do ano.
Sebastian Ofner beats Nuno Borges 7-6(5), 3-6, 7-6(7), 6-4 in almost three hours to reach the 2nd round of the #USOpen. Super close match, tiebreaks pretty much decided it.
Seven consecutive losses for Nuno — that Wimbledon injured messed up his season, but he will bounce back pic.twitter.com/RRpArjIgB8
— José Morgado (@josemorgado) August 28, 2023
Apesar do bom início de jogo, o português acabou por ceder o primeiro set no tie break (7-5) mas deu a volta logo de seguida, recuperando de um break inicial para ganhar cinco jogos consecutivos e fechar com 6-3. O terceiro parcial acabaria por ser determinante para a resolução do encontro, com Ofner a chegar ao 4-1, Nuno Borges a responder à quebra de serviço com o 4-4 e tudo a ficar de novo adiado para o tie break, onde o maiato teve um set point desperdiçado e acabou por perder por 9-7. A forma como perdeu o terceiro set teve interferência no seu jogo, com o austríaco a chegar ao 5-1, a permitir a recuperação para 5-4 mas a fechar no seu encontro de serviço a partida com 6-4 após quase três horas de jogo (2h55).