A Direção Geral da Saúde (DGS) levantou, esta sexta-feira, a recomendação de não consumo de broa do milho nos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro.

Em nota enviada às redações, o organismo, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) explicam a decisão por conta da “inexistência de novos casos suspeitos associados” a uma toxinfeção que afetou 209 pessoas, devido ao consumo de broa de milho.

Agora, “em resultado da intervenção das autoridades competentes e da ausência de circulação, à data, de produtos potencialmente contaminados no mercado”, a DGS esclarece que o consumo de broa de milho deixou de ser desaconselhado. “No entanto, caso surjam novos casos, será emitida, se oportuno, nova informação sobre esta ocorrência.”

DGS e ASAE desaconselham consumo de broa de milho em Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro

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A investigação laboratorial realizada pela DGS indica que há “fortes indícios de contaminação das farinhas com sementes de plantas do género Datura, infestante que pode estar presente nos campos de milho”. “A contaminação por sementes desta infestante pode ocorrer durante a colheita do milho”, detalha.

Assim sendo, para evitar que as farinhas sejam novamente contaminado, a DGS assinala que a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) vai elaborar “uma recomendação técnica, a difundir pelos produtores de milho, para um melhor controlo desta infestante nos campos e após colheita”. 

Os sintomas causados pela toxinfeção consistia em secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular, tendo sido estes sintomas observados entre 30 minutos a duas horas após a ingestão de alimentos.