O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) apontou esta terça-feira a “revalorização das carreiras” como forma de cativar e reter efetivos, e considerou que as taxas de execução da Lei de Programação Militar têm que aumentar.

O general Nunes da Fonseca, que falava na cerimónia Militar comemorativa do 49.º aniversário do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), junto à estátua de D. Nuno Álvares Pereira, em Lisboa, realçou que a conjuntura atual está “fortemente marcada pela guerra na Ucrânia e por visíveis constrangimentos a nível interno, sobretudo em termos de pessoas para servirem nas Forças Armadas”.

Pessoas que temos que saber cativar e reter, concretamente por via do reconhecimento dos seus méritos e da revalorização das suas carreiras, procurando ir ao encontro das suas perspetivas de realização profissional e aspirações socioeconómicas”, defendeu.

Na sua estreia numa cerimónia de aniversário do EMGFA desde que assumiu o cargo em março, o general traçou os objetivos estratégicos para os próximos três anos, realçando a necessidade de aumentar as taxas de execução da Lei de Programação Militar (LPM) — que prevê um montante global de 5.570 milhões de euros até 2034.

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Nunes da Fonseca defendeu o “desenvolvimento das capacidades conjuntas e prioritárias das Forças Armadas” tendo como objetivo “acelerar o seu processo de edificação e modernização e concorrer para o aperfeiçoamento do planeamento estratégico”.

Tal passará pela atualização da documentação estruturante da estratégia militar e pelo enfoque na Lei de Programação Militar, cujas taxas de execução deverão necessariamente aumentar”, afirmou.

Quanto às missões operacionais, o general CEMGFA recordou que a conjuntura de guerra na Ucrânia “tem inexoravelmente impelido Portugal e todos os Aliados a incrementar a representação e a participação em missões militares no quadro das organizações internacionais que integra”.

Em paralelo, e internamente, afigura-se incontornável agilizar a articulação operacional das Forças Armadas com as diversas entidades do Sistema de Segurança Interna numa lógica de sinergias e de responsabilidades específicas e indeclináveis”, considerou.

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, e ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, marcaram presença na cerimónia.