Taiwan afirmou nesta segunda-feira ter detetado 103 aviões militares chineses perto da costa da ilha no espaço de 24 horas, um novo recorde, numa altura em que Pequim está a intensificar as atividades militares na região.
De acordo com dados oficiais divulgados pelo Ministério da Defesa taiwanês, este é o número mais elevado de aviões militares chineses desde 10 de abril, altura em que a ilha detetou 91 aviões junto à costa.
Num comunicado, o ministério disse também nesta segunda-feira que detetou, nas 24 horas que terminaram às 6h00 (23h00 do passado domingo em Lisboa) nove navios de guerra nas imediações de Taiwan. No comunicado sublinha-se que 40 dos aviões chineses atravessaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma zona de demarcação não oficial entre a China e Taiwan.
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Em resposta, Taiwan enviou as próprias aeronaves, embarcações e sistemas de mísseis para responder a estas atividades, segundo o exército.
Há uma semana, Pequim enviou uma formação naval liderada pelo porta-aviões Shandong para cerca de 70 milhas (110 quilómetros) a sudeste de Taiwan. Segundo órgãos oficiais chineses, as embarcações foram realizar exercícios de simulação contra ataques lançados por aviões, submarinos, navios de guerra e meios terrestres.
Há duas semanas, navios de guerra dos Estados Unidos e Canadá passaram pelo Estreito de Taiwan, desafiando as reivindicações territoriais da China.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do território chinês e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência. Nos últimos anos, Pequim passou a enviar quase diariamente navios e aviões de guerra para próximo de Taiwan.