Um aeroporto em Singapura reforçou as forças policiais no terreno, mas não da forma que se poderia estaria à espera. Os viajantes que passarem no terminal 4 de Changi poderão deparar-se com robôs a patrulhar os corredores do aeroporto noticiaram o jornal de Singapura The Straits Times e a televisão CNN Internacional.
Não é um adereço encontrado nos estúdios do filme a Guerra das Estrelas, mas é a prova de que essa “galáxia” já não é assim tão utópica. Com mais de 2m de altura, múltiplas câmaras que lhe conferem uma visão de 360º graus, um conjunto de colunas com várias funções e um painel LCD, estes robôs saíram dos grandes ecrãs e tornaram-se realidade.
Era certamente uma visão, como algo saído de um filme ou de BlackMirror. Era difícil não reparar”, disse um viajante americano, citado pela CNN.
Estes “Robocops” — que em nada têm a ver com a personagem de Peter Weller no filme de 1987 — estiveram em fase de testes durante cinco anos, e os primeiros dois modelos começaram a fazer patrulhas em abril, referiu o The Sraits Times.
A integração da robótica melhora a eficiência operacional e as capacidades dos nossos agentes da linha da frente, permitindo-lhes ser mais eficazes nas suas funções”, diz Lim Ke Wei, superintendente e chefe de operações da polícia do aeroporto ao jornal local.
Os robôs são capazes de detetar incidentes através dos seus sensores e formar cordões de segurança, avisando as forças de segurança — humanas — através de piscas, sirenes e altifalantes.
Lim Ke Wei defende que estes robôs vão ajudar a polícia a tomar melhores decisões na gestão de incidentes, e as vantagens são notórias.
Medem 1,7 metros, mas os mastros extensíveis podem subir 600cm, atingindo assim uma altura máxima de 2,3 metros, que permite uma “vista desobstruída”. A câmara no mastro fornece ainda imagens à sala de operações da polícia.
Adicionalmente, interagem diretamente com o público, que pode entrar em contacto com um agente da polícia através do clique num botão.
O jornal The Straits Times descreve uma demonstração efetuada no aeroporto ainda nas primeiras patrulhas: o robô, ao avistar uma pessoa a deixar um saco junto a um pilar, protegeu a área e emitiu mensagens de aviso, enquanto a polícia falava com o “suspeito”.
Esta não é a primeira vez que Singapura dá um passo tecnológico e junta a robótica à segurança. Tecnologia biométrica e softwares de reconhecimento facial, e até mesmo a substituição de passaportes por “tokens“, prevista já para 2024, já são algumas das iniciativas que distinguem este aeroporto de outros.
Devido ao sucesso desta iniciativa, a Força Policial de Singapura admite que vai procurar “progressivamente implantar” mais destes robôs-polícia pela cidade-estado.