O homem acusado de ter ateado um fogo que matou a mãe, no Porto, em 2022, foi condenado a 23 anos de prisão nesta quinta-feira, tendo o tribunal dado como provados os crimes de violência doméstica, homicídio qualificado e incêndio.

“Foi efetivamente uma tragédia, os factos não conseguem traduzir toda a tragédia que foi a vida da sua mãe em pleno século XXI. Ao senhor, e apenas ao senhor, isto é imputado. O senhor é o culpado e foi o senhor que matou a sua mãe”, afirmou a juiz do tribunal de S. João Novo esta tarde durante a leitura da sentença.

Bruno Rodrigues estava acusado de no dia 16 de novembro de 2022 ter agredido a mãe, exigindo-lhe que ela lhe desse dinheiro para droga e álcool e de, perante a recusa dela, a ter agredido a pontapé, atirado dois móveis para cima da idosa, bloqueando-lhe a saída do quarto, ter ateado fogo ao cómodo, no sótão da casa, e depois ter descido para a cozinha para comer.

O tribunal deu como provados os crimes de violência doméstica, homicídio qualificado e o crime de incêndio, condenando o arguido a três anos e 10 meses pelo primeiro, 20 anos pelo segundo e quatro anos e três meses pelo terceiro, que resultou numa pena única de 23 anos.

No final da audiência o advogado de defesa não quis prestar declarações.

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