O Boavista cancelou este domingo novo treino matinal, devido aos atrasos salariais denunciados pelos funcionários do Estádio do Bessa, no Porto, que repetiram o protesto efetuado na véspera pelos médicos do clube da I Liga de futebol.

Fonte ligada ao processo confirmou à agência Lusa que os funcionários se escusaram a abrir as portas das instalações do emblema ‘axadrezado’, impossibilitando o conjunto treinado por Petit de aceder ao relvado contíguo ao recinto, local onde costuma treinar.

No sábado, a administração da Boavista SAD tinha liquidado os vencimentos em atraso solicitados pelos profissionais do departamento médico do clube, cuja indisponibilidade conduziu ao cancelamento do apronto nas horas prévias à receção ao Famalicão (2-2).

A realização do jogo da sétima jornada poderia estar em causa, uma vez que, de acordo com o terceiro ponto do artigo 61.º do Regulamento das Competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), é obrigatória a presença de médico no banco de suplentes, cenário que estará garantido com a regularização salarial efetuada.

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Além de Petit, o presidente dos ‘axadrezados’, Vítor Murta, reconheceu recentemente a existência de salários em atraso na estrutura do emblema portuense, que até esteve impedido pela FIFA de inscrever novos futebolistas na janela de transferências de verão.

Oficializado na terça-feira como reforço do QPR, do escalão secundário inglês, o defesa norte-americano Reggie Cannon tinha rescindido de forma unilateral com o Boavista em junho, alegando ordenados em atraso, com o processo a seguir para a FIFA e para os tribunais comuns, que irão deliberar sobre a justa causa e uma eventual indemnização.

As ‘panteras’ seguem na quarta posição da I Liga, com 14 pontos, apenas atrás do líder isolado Sporting, com 19, do campeão nacional Benfica, com 18, e do FC Porto, com 16, tendo um dos segundos ataques mais concretizadores da prova, com 17 golos anotados.