A Polícia de Segurança Pública (PSP) inicia esta segunda-feira a operação “Bullying é para fracos” em todo o país, promovendo ações de sensibilização direcionadas para alunos, pais/encarregados de educação, professores e auxiliares.
Em comunicado, a PSP adianta que até 20 de outubro, data em que se assinala o Dia Mundial do Combate ao Bullying, irá promover ações de sensibilização sobre a temática do bullying e cyberbullying, e levar fazer uma campanha nas redes sociais com “partilha de conteúdos que incidem na prevenção deste fenómeno e na forma como as pessoas podem ajudar as vítimas deste crime e o próprio agressor“.
De acordo com dados da PSP, no último ano letivo foram registadas pelas Equipas de Proximidade da Escola Segura 2.708 ocorrências, 138 das quais relacionadas com situações de bullying (5,1% das ocorrências) e 38 com situações de cyberbullying (1,4%).
Nos últimos 10 anos letivos, a PSP realizou 33.161 ações de sensibilização sobre bullying e cyberbullying, nas quais participaram 701.400 alunos, professores, assistentes operacionais e pais/encarregados de educação. No último ano letivo foram realizadas mais de 6.200 ações que contaram com 120.394 participantes da comunidade escolar.
A operação deste ano, que vai decorrer na área de responsabilidade da PSP em Portugal continental e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, abrange os estabelecimentos de ensino do 1.º ao 3.º ciclos e ensino secundário, envolvendo crianças e jovens dos 6 aos 17/18 anos de idade.
A operação visa, segundo a PSP, aumentar o conhecimento sobre este fenómeno, capacitando a deteção precoce e fazer crescer o sentimento de intolerância e de rejeição para com as práticas de bullying.
Na nota, a PSP apela a qualquer pessoa que tenha conhecimento desta prática, ainda que não seja interveniente na situação, que denuncie toda e qualquer ocorrência deste tipo. Estas denúncias podem ser comunicadas de forma presencial numa esquadra da PSP ou através do e-mail escolasegura@psp.pt .
A PSP lembra que o “bullying é um anglicanismo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s)”.
A polícia chama também a atenção para o uso crescente do recurso às novas tecnologias e numa fase cada vez mais precoce da vida das crianças e jovens, nomeadamente das redes sociais.
“O bullying tem assumido novos contornos, deixando de lado a vertente física da provocação, ameaça, intimidação e agressão e dando origem à vertente virtual, o cyberbullying”, alerta a PSP.