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Casper existe, está lá e não é fantasma nenhum (a crónica do Benfica-Famalicão)

Este artigo tem mais de 6 meses

O Benfica teve algumas dificuldades para romper a muralha defensiva do Famalicão, mas acabou por vencer com um autogolo e um remate de Rafa (2-0). Tengstedt foi titular e voltou a ser importante.

O avançado dinamarquês foi titular contra o Famalicão no jogo da 4.ª eliminatória da Taça
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O avançado dinamarquês foi titular contra o Famalicão no jogo da 4.ª eliminatória da Taça

EPA

O avançado dinamarquês foi titular contra o Famalicão no jogo da 4.ª eliminatória da Taça

EPA

As últimas duas semanas foram de autêntica tranquilidade no Benfica. Os encarnados venceram o Sporting no último jogo antes da pausa para os compromissos internacionais, saltaram para a liderança do Campeonato e ainda viram Otamendi ser crucial na Argentina e António Silva e João Neves serem novamente convocados e utilizados por Roberto Martínez na Seleção Nacional. Duas semanas depois do dérbi da Luz, era hora de voltar ao trabalho — e Roger Schmidt estava contente com isso.

“Estamos felizes por voltar a jogar. Para ser honesto, estou muito feliz com o fim desta fase das três pausas para as seleções, porque é muito exigente para toda a gente, especialmente para os jogadores. Jogar sempre três semanas, ter duas semanas para a seleção, depois três semanas outra vez, este calendário três vezes… Estou feliz por podermos estar focados a 100% no Benfica até março. Nos próximos meses só jogamos aqui e isso é bom para nós. Para criar um bom ritmo, para desenvolver e para melhorar. Isso é muito bom e agora temos este primeiro jogo depois da pausa, um jogo para a Taça. Temos grandes objetivos na Taça, queremos vencê-la esta época”, explicou o treinador alemão.

Ficha de jogo

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Benfica-Famalicão, 2-0

4.ª eliminatória da Taça de Portugal

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

Benfica: Trubin, Fredrik Aursnes, António Silva, Otamendi, Morato (Tomás Araújo, 89′), Florentino (Kökçü, 79′), João Neves (Chiquinho, 84′), João Mário (Tiago Gouveia, 84′), Di María, Tengstedt (Musa, 79′), Rafa

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, João Victor, Jurásek, Arthur Cabral

Treinador: Roger Schmidt

Famalicão: Luiz Júnior, Nathan (Justin de Haas, 78′), Riccieli, Otávio, Francisco Moura, Topić, Zaydou Youssouf, Théo Fonseca (Alex Dobre, 58′), Gustavo Sá (Óscar Aranda, 73′), Puma Rodríguez (Liimatta, 73′), Henrique Araújo (Jhonder Cádiz, 58′)

Suplentes não utilizados: Zlobin, Gustavo Assunção, Martín Aguirregabiria, Pablo

Treinador: João Pedro Sousa

Golos: Riccieli (ag, 72′), Rafa (77′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Zaydou Youssouf (42′), a Di María (76′); cartão vermelho direto a Otávio (74′)

O Benfica recebia então o Famalicão, cruzando-se desde logo com um adversário de Primeira Liga na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, e procurava chegar a uns oitavos de final onde já estavam FC Porto e Sp. Braga e que o Sporting vai tentar alcançar este domingo. Os “grandes objetivos” de Schmidt na Taça, na verdade, eram bem justificados: desde 2017 que os encarnados não conseguem conquistar a segunda competição nacional, sendo que pelo meio perdeu duas finais do Jamor e nas duas últimas épocas nem chegou às meias-finais.

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Neste contexto e depois de duas semanas de paragem, Roger Schmidt não fazia grandes poupanças e apresentava praticamente o mesmo onze inicial que defrontou o Sporting — trocando apenas Musa por Tengstedt e mantendo Morato a lateral-esquerdo e Aursnes a lateral-direito na ausência do ainda lesionado Alexander Bah. Do outro lado, num Famalicão que na temporada passada chegou às meias-finais da Taça, João Pedro Sousa não contava com o lesionado Chiquinho e lançava Henrique Araújo, jovem avançado emprestado pelo Benfica, para a titularidade.

O Famalicão começou o jogo a demonstrar desde logo o que pretendia: explorar o corredor esquerdo, com recurso ao entendimento entre Francisco Moura e Puma Rodríguez, e procurar alguma fragilidade defensiva de Aursnes para desequilibrar. Moura ficou perto do golo logo nos instantes iniciais, quando surgiu na cara de Trubin e viu Morato roubar-lhe a oportunidade de rematar (4′), e o Benfica chegou ao fim dos primeiros 10 minutos plenamente avisado sobre o perigo que o adversário poderia causar.

Os encarnados responderam pouco depois, com o mesmo Aursnes a rematar rasteiro na sequência de um cruzamento de João Mário na esquerda e Luiz Júnior a defender (10′), e o jogo  ia decorrendo de forma enérgica e interessante, com ambas as equipas a procurarem o golo. Puma Rodríguez ficou perto de fazer a diferença ainda dentro do quarto de hora inicial, com um remate forte já na área que Trubin defendeu (13′), e Tengstedt assustou do outro lado ao surgir isolado na cara de Luiz Júnior, ultrapassar o guarda-redes, mas permitir o corte decisivo de Riccieli (16′).

O Benfica começou a controlar as ocorrências já perto da meia-hora, subindo as linhas e passando a atuar praticamente inserido no meio-campo adversário — Florentino e João Neves eram cruciais na recuperação de bolas em zona elevada e os encarnados só pecavam na ausência de largura, já que nem Morato nem Aursnes conseguiam explorar o corredor de forma positiva. Di María também ficou perto do golo, com um remate à entrada da grande área que Luiz Júnior defendeu (25′), e o Famalicão voltou a equilibrar a dinâmica já perto do intervalo.

Puma Rodríguez ainda voltou a assustar, desta feita com um remate na direita que Trubin defendeu (29′), mas o jogo foi mesmo empatado e sem golos para o intervalo: o Benfica tinha mais bola, o Famalicão explorava o corredor esquerdo com relativa facilidade e ambas as equipas iam falhando no capítulo da eficácia, acumulando oportunidades não concretizadas.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Benfica-Famalicão:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o Benfica teve desde logo a primeira oportunidade da segunda parte, com Otamendi a cabecear ao lado na sequência de um livre de Di María na direita (46′). Os encarnados demonstravam um ligeiro ascendente no regresso do balneário, com o Famalicão a ter muitas dificuldades para passar do meio-campo com a bola controlada, mas não conseguiam criar perigo e esbarravam muitas vezes na organização defensiva adversária.

João Pedro Sousa foi o primeiro a mexer, lançando Cádiz e Alex Dobre à beira da hora de jogo, e o Benfica ia mantendo a superioridade sem consequências. Rafa atirou ao lado (59′), Di María rematou demasiado por cima (65′) e Tengstedt também falhou o alvo (66′), com o Famalicão a remeter-se cada vez mais às transições rápidas para atacar e os encarnados a manterem as dificuldades para desbloquear a muralha adversária. O desbloqueio, porém, surgiu com uma infelicidade.

Tengstedt cruzou na direita, a bola ainda desviou num adversário e Riccieli intercetou antes de que esta chegasse a Rafa, acabando por atirar para a própria baliza para fazer autogolo (72′). João Pedro Sousa reagiu com mais duas substituições, colocando Óscar Aranda e Liimatta, mas o azar voltou a bater à porta do Famalicão: Otávio parou Tengstedt quando este seguia isolado para a baliza, viu o cartão vermelho direto e a equipa visitante ficou reduzida a 10 elementos. Logo depois, com um remate cruzado na sequência de uma recuperação de bola em zona adiantada, Rafa aumentou a vantagem e arrumou com o jogo (77′).

Roger Schmidt ainda deu minutos a Kökçü, Tiago Gouveia e Tomás Araújo, mas o resultado não voltou a alterar-se. O Benfica venceu o Famalicão na Luz e apurou-se para os oitavos de final da Taça de Portugal, mantendo-se em todas as frentes nacionais. Num dia em que regressou ao onze inicial depois de ter sido decisivo no dérbi contra o Sporting, Tengstedt teve várias oportunidades, estando até no lance do autogolo, e mostrou que é um Casper que existe, está lá e não é fantasma nenhum: e deixou claro que é opção válida para lá de Arthur Cabral e Musa.

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