Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas este sábado num ataque na capital francesa, muito perto da Torre Eiffel. O atacante, que empunhava uma faca, já foi detido pelas autoridades. A vítima mortal é um turista alemão, nascido nas Filipinas, e os outros dois feridos estão em situação estável.

A agência de notícias AFP avançou, citando uma fonte policial, que o atacante, de nacionalidade francesa e 26 anos, era “conhecido por islamismo radical e distúrbios psiquiátricos”. Segundo a mesma fonte, o homem terá gritado “Allahu Akbar” (“Deus é grande”) antes de ser detido pelas autoridades, que utilizaram um taser.

“A polícia deteve, corajosamente, um homem que estava a atacar transeuntes em Paris junto ao Quai de Grenelle”, confirmou esta noite o ministro da Administração Interna. Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), Gérald Darmanin apelou à população para evitar por agora a área.

O ministro disse mais tarde, em declarações aos jornalistas, que o atacante teria origem iraniana e disse à polícia que estava perturbado com a situação na Faixa de Gaza. Segundo Gérald Darmanin, o homem afirmou que não podia suportar que “os muçulmanos estivessem a morrer tanto no Afeganistão e na Palestina” e que acreditava que a França era “cúmplice” das ações israelitas, acrescentando que desejava morrer como um mártir.

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O homem estava listado como “ficha S”, um indicador usado pelas autoridades francesas para sinalizar um indivíduo considerado como uma ameaça à segurança nacional. De acordo com o Le Parisien, já era conhecido nos tribunais franceses e, em 2016, foi condenado a quatro anos de prisão por um plano de ataque que não chegou a avançar.

A BFMTV refere que o ministro do Interior já está em contacto com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que participou este sábado na COP 28, que decorre no Dubai até 12 de dezembro. O canal francês diz ainda que, além de uma faca, o atacante utilizou um martelo para atingir os transeuntes e ameaçar as autoridades.

Scholz lamenta morte de alemão em Paris e sublinha oposição ao ódio e terror

O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou-se este domingo chocado com o atentado que matou um turista alemão. “Estou chocado com o ataque terrorista em Paris, em que morreu um alemão e e várias pessoas ficaram feridas. Os nossos pensamentos estão com os feridos, as famílias e os amigos das vítimas. Mais uma vez, fica claro porque é que nos mantemos firmes contra o ódio e o terror”, escreveu numa mensagem na rede social X.

A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, também se referiu às “terríveis notícias” de Paris, numa mensagem publicada na mesma rede social, em que sublinhou que “o ódio e o terror não têm lugar na Europa”. “Os meus pensamentos estão com os amigos e a família do jovem alemão que morreu no ataque. Ele tinha quase toda a sua vida pela frente”, lamentou.