O Brasil vai recordar a 8 de janeiro de 2024 o primeiro aniversário da tentativa fracassada de golpe de Estado em Brasília, que abalou o país no início deste ano, anunciou esta terça-feira o Presidente brasileiro, Lula da Silva.
“Estou convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro nós vamos fazer um ato em Brasília para lembrar ao povo que se tentou dar um golpe [nesse] dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país”, afirmou o chefe de Estado brasileiro, durante um evento no Palácio do Planalto, citado pela imprensa local.
Lula da Silva frisou que pretende ter governadores, deputados e senadores no evento para “nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida de que o regime democrático é a única coisa que dá certeza das instituições funcionarem e do povo ter acesso a participar da riqueza que ele produz”.
No dia 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram violentamente as sedes da Presidência, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, para protestar contra a posse de Lula da Silva, ocorrida sete dias antes.
Invasão em Brasília. O “tiro no pé” que pode condenar o bolsonarismo
A invasão provocou uma resposta rápida do Supremo Tribunal Federal, que ordenou a prisão imediata de muitos dos envolvidos nos tumultos.
O Congresso abriu uma comissão para investigar o que aconteceu e, em outubro, aprovou um relatório final que acusa Bolsonaro de ser o “mentor intelectual” dos motins para se perpetuar no poder.
O documento foi enviado ao Ministério Público, que está a investigar criminalmente o motim e deve decidir se dá seguimento às investigações da comissão.
Bolsonaro, que negou estar por trás de uma tentativa de golpe, foi tornado inelegível pelos próximos oito anos por outro caso relacionado com as denúncias infundadas que fez sobre as urnas eletrónicas utilizadas nas eleições presidenciais de 2022.
Centenas de apoiantes de Bolsonaro manifestam-se contra “abusos” do Supremo Tribunal Federal