O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apelou esta segunda-feira em Budapeste ao reconhecimento do Estado da Palestina com as fronteiras de 1967 e instou a comunidade internacional a obrigar Israel a cessar os “massacres” nos territórios ocupados.
“É essencial reconhecer a Palestina como um Estado dentro das fronteiras de 1967“, estabelecidas antes da Guerra dos Seis Dias, afirmou Erdogan, após uma reunião em Budapeste com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
O Presidente turco recordou que o seu país tem desenvolvido esforços diplomáticos “desde o primeiro dia” para evitar o alastramento do conflito e “estabelecer um cessar-fogo urgente” em Gaza. “A comunidade internacional tem a responsabilidade de enviar uma mensagem a Israel e pôr fim aos massacres que estão a ocorrer”, sublinhou Erdogan, em visita de um dia à capital húngara.
“No que diz respeito à guerra e à violência, os nossos amigos na Hungria e nós pensamos da mesma forma”, acrescentou o Presidente turco.
Erdogan afirmou que, tal como no caso da Ucrânia, deve ser alcançado um acordo de paz o mais rapidamente possível.
Orbán recordou que, nos primeiros 11 meses do ano, o comércio bilateral atingiu 4 mil milhões de dólares, ultrapassando o total para 2022, afirmando que o objetivo é chegar aos 6 mil milhões.
Orbán destacou ainda as boas relações entre os dois governos e garantiu que “a Turquia é muito importante do ponto de vista da segurança da Hungria”. “Sem a Turquia não podemos travar a imigração”, sublinhou o primeiro-ministro.
No fim da sua visita, Erdogan, Orbán e a Presidente húngara, Katalin Novák, irão participar num concerto de gala em honra do 100º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países.