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Rafa, o apontamento de cor de um dia para cumprir (a crónica do Arouca-Benfica)

Este artigo tem mais de 6 meses

Num dia em que o Benfica não fez uma exibição brilhante, Rafa marcou e assistiu e empurrou a equipa para uma vitória em Arouca que serviu para manter a distância para a liderança do Sporting (0-3).

O avançado português marcou um golo, teve dois anulados e ainda fez uma assistência
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O avançado português marcou um golo, teve dois anulados e ainda fez uma assistência

EPA

O avançado português marcou um golo, teve dois anulados e ainda fez uma assistência

EPA

O Ano Novo trouxe um presente para o Benfica, que contratou Marcos Leonardo ao Santos por 18 milhões de euros e ofereceu aos adeptos um novo ponta de lança nos primeiros dias de 2024. Pelo meio, acumularam-se rumores que tiveram como protagonistas Pedro Malheiro, Álvaro Fernández e também Francisco Moura — algo que até tornava estranha a ideia de que os encarnados só entravam em campo pela primeira vez este ano neste sábado.

A equipa de Roger Schmidt estreava-se em 2024 com uma complexa deslocação a Arouca e sabia desde logo que estava obrigada a vencer para continuar a um ponto da liderança do Sporting, que na atual jornada já tinha goleado o Estoril. Adicionalmente, o Benfica podia ainda cavar uma distância de quatro pontos para o FC Porto, que empatou com o Boavista no Bessa, e manter-se totalmente dentro das contas da luta pelo título num mês de janeiro que inclui eliminatórias da Taça de Portugal e da Taça da Liga.

Ficha de jogo

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Arouca-Benfica, 0-3

16.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Arouca, em Arouca

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)

Arouca: Arruabarrena, Bogdan Milovanov, Galović, Javi Montero, Tiago Esgaio, Eboué Kouassi (Pedro Santos, 81′), Morlaye Sylla (Alfonso Trezza, 85′), David Simão, Jason (Benji Michel, 73′), Cristo González, Rafa Mújica (André Bukia, 73′)

Suplentes não utilizados: Thiago Rodrigues, Yusuf Lawal, Miguel Puche, Matías Rocha, Yaw Moses

Treinador: Daniel Sousa

Benfica: Trubin, Fredrik Aursnes (Tomás Araújo, 87′), António Silva, Otamendi, Morato, João Neves, Kökçü, Di María (Gonçalo Guedes, 87′), Rafa (Tiago Gouveia, 87′), João Mário (Florentino, 78′), Arthur Cabral (Musa, 72′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Jurásek, Chiquinho, Adrian Bajrami

Treinador: Roger Schmidt

Golos: Rafa (39′), Kökçü (47′), Musa (85′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Javi Montero (14′), a Arthur Cabral (72′), a Eboué Kouassi (76′), a Florentino (79′)

“Acho que é sempre difícil jogar em Arouca. Há algumas semanas jogámos lá para a Taça da Liga e foi difícil, mas percebemos o ambiente. Agora têm um novo treinador e têm tido bons resultados nas últimas semanas. Vai ser um jogo difícil, mas estamos muito bem e temos jogadores de volta, como o Di María e o Otamendi. Vamos querer conquistar os três pontos”, disse o treinador encarnado na antevisão da partida.

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Assim, e ainda sem o lesionado Tengstedt, Schmidt voltava a apostar em Arthur Cabral como referência ofensiva, com o brasileiro a ser apoiado por Rafa, João Mário e Di María — sendo que todos entravam em campo com “Eusébio” nas costas, sublinhando os 10 anos da morte do avançado. A grande surpresa surgia mesmo no banco, com o treinador alemão a convocar Adrian Bajrami, central de 21 anos que atua na equipa B e é internacional pela Albânia. Do outro lado, Daniel Sousa não inovava e apostava em Jason, Rafa Mújica e Cristo González no trio ofensivo.

O jogo começou algo amarrado, sem que nenhuma das equipas assumisse o controlo absoluto das ocorrências, ainda que o Benfica tivesse uma superioridade natural ao nível da posse de bola e da presença do meio-campo adversário. Di María teve o primeiro lance de perigo, com um remate de fora de área que Arruabarrena encaixou (3′), e era fácil perceber que o Arouca procurava colocar a linha defensiva bastante subida para tentar apanhar os atacantes encarnados em posição de fora de jogo.

Resultou à passagem do quarto de hora inicial, quando Rafa até colocou a bola no fundo da baliza na sequência de uma assistência de Arthur Cabral, mas o lance acabou por ser anulado por fora de jogo do brasileiro após o passe de João Neves (15′). O Arouca cresceu após o susto, discutindo a posse de bola de outra forma no meio-campo e procurando o espaço nas costas da defesa encarnada, e acabou por ameaçar o golo com um remate de Milovanov que passou ao lado (20′) e um pontapé de Mújica que também falhou o alvo na sequência de um mau passe de Otamendi (22′).

Do outro lado, em cima da meia-hora, repetiu-se o filme: Rafa voltou a acertar na baliza, desta feita depois de um passe de Aursnes, mas o lance foi novamente anulado por posição irregular do avançado português (30′). Pouco depois, porém, acabou mesmo por contar. Di María voltou a descobrir Rafa na área, o atacante atirou para defesa inicial de Arruabarrena e aproveitou a recarga para desviar para a baliza deserta, acabando por colocar o Benfica a vencer pouco antes do intervalo (39′).

Nos últimos instantes da primeira parte, porém, o Arouca voltou a reagir e ainda ficou muito perto do empate, com Trubin a evitar o golo de Mújica quando o avançado espanhol estava completamente isolado (41′) e Cristo a ter também um golo anulado por fora de jogo já durante o período de descontos (45+2′). Ao intervalo, o Benfica estava a vencer o Arouca mas ficava claro que o resultado estava longe de estar decidido.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Arouca-Benfica:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o Benfica não precisou de praticamente nada para aumentar a vantagem, com Rafa a ser lançado por Di María na direita e o avançado português a assistir Kökçü, que só precisou de encostar (47′) — o lance começou por ser anulado por fora de jogo, mas o VAR acabou por confirmar a legalidade da jogada. O Arouca procurou fazer o que tinha conseguido na primeira parte, reagir ao golo sofrido e deixar os encarnados em dificuldades, e Sylla ainda teve uma boa oportunidade com um pontapé que passou por cima (58′).

Ainda assim, com a subida de linhas da equipa de Daniel Sousa, o Benfica aproveitava para implementar uma pressão alta e uma reação rápida à perda de bola, soltando a transição ofensiva com muita facilidade e explorando o espaço que o adversário deixava nas costas. Rafa teve uma enorme oportunidade para bisar, ao surgir isolado na cara de Arruabarrena, mas acabou traído pelo relvado e atirou de forma desenquadrada com a baliza (62′). Roger Schmidt só mexeu nos últimos 20 minutos, trocando Arthur Cabral por Musa, e André Bukia e Benji Michel entraram quase ao mesmo tempo no Arouca.

Até ao fim, para além das entradas de Gonçalo Guedes, Tomás Araújo e Tiago Gouveia, Musa ainda foi a tempo de aumentar a vantagem: Kökçü combinou com Morato na esquerda e cruzou para o coração da grande área, onde o avançado croata apareceu a desviar com um pormenor delicioso para aumentar a vantagem encarnada e fechar as contas do jogo (85′).

Num dia em que não realizou uma exibição brilhante, o Benfica soube cumprir e aproveitar a estratégia do Arouca para cumprir sem espinhas e somar mais uma vitória, mantendo-se a um ponto da liderança do Sporting e abrindo uma distância de quatro pontos em relação ao FC Porto. Numa noite algo cinzenta, sem grandes cores, Rafa marcou e assistiu e foi o apontamento de cor dos encarnados.

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