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O Exército israelita anunciou esta segunda-feira a descoberta de instalações subterrâneas do grupo islamita Hamas para fabricar mísseis de longo alcance, o maior local de fabrico de armas encontrado na Faixa de Gaza desde o início da guerra.
Soldados israelitas “assumiram o controlo de uma instalação subterrânea de fabrico de mísseis usada para produzir projéteis de longo alcance capazes de atingir o norte de Israel”, revelou um porta-voz militar.
Nas últimas semanas, as tropas de Telavive têm estado a operar em Bureij, no centro do enclave palestiniano, e descobriram várias bocas de túneis que atingem uma profundidade de cerca de 30 metros e, com dados precisos” dos serviços de informações, “descobriram um reduto terrorista usado para fabricar armas”, descreveu.
Separadamente, os soldados israelitas localizaram várias outras instalações subterrâneas usadas para fabricar foguetes de longo alcance, explosivos e melhoradores de precisão para morteiros, armas leves e veículos aéreos não tripulados do Hamas, em operações que resultaram na morte de dezenas de milicianos do grupo palestiniano, de acordo com o Exército.
Esta área está ligada a uma rede de túneis que foi usada para transportar armas para todos os batalhões do Hamas na Faixa de Gaza, explicou ainda o Exército, observando que a descoberta hoje anunciada “afetou significativamente a capacidade do inimigo de produzir e melhorar estas armas”.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 23.000 pessoas — na maioria mulheres, crianças e adolescentes — e feridas acima de 57 mil, também maioritariamente civis.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado.